sexta-feira, 29 de outubro de 2021

A máquina de repressão à liberdade faz mais uma vítima

Maurício Luiz de Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, entrou na zona de tiro do 'movimento gay'

J. R. Guzzo

A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Luiz de Souza [foto], jogador da seleção brasileira de vôlei, é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos “politicamente corretos”. Foi um linchamento, puro e simples, da reputação e da carreira esportiva de um cidadão brasileiro que não fez absolutamente nada de errado, e nem outra coisa além de exercer o direito constitucional à expressão do seu próprio pensamento.

Foto: Miriam Jeske/COB

Maurício entrou, apenas pelo fato de manifestar uma opinião, na zona de tiro do “movimento gay”; foi executado, sem apelação ou direito de defesa, com o seu desligamento do Minas Tênis Clube por pressão dos patrocinadores Fiat e Gerdau. Ou seja: atleta desse clube não tem o direito de pensar como um cidadão livre — ou, então, tem de esconder aquilo que pensa.

O jogador não cometeu, nem em atos e nem em intenção, nenhum delito de “homofobia”, a acusação genérica que lhe foi feita e apresentada como motivo para a sua punição. O que ele fez? Apenas comentou, em suas redes sociais, que desaprova a entrada de um homem de 50 anos, pai de filhas e com o dobro do tamanho das outras jogadoras, numa equipe universitária de basquete nos Estados Unidos. Em sua opinião, não está certo admitir, em times femininos, homens que se descrevem como “transgêneros” após passarem por cirurgias — só isso.

Gabrielle Ludwig integra a equipe feminina de basquete universitário nos EUA. Ludwig era homem, mudou de sexo aos 50 anos e é fisicamente maior e mais forte do que as colegas. Foto: Reprodução

Qual a lei, ou o mero código de conduta social, que Maurício poderia ter desrespeitado com as suas palavras? Ele não insultou ninguém. Não cometeu nenhum ato de discriminação. Não agrediu. Não agiu com desrespeito. Não violou o direito à orientação sexual de qualquer praticante de esportes — apenas disse que é contra a participação de homens biológicos em equipes de mulheres. É um ponto de vista, unicamente isso. Há gente a favor, há gente contra. Onde pode estar o crime?

O jogador da seleção brasileira também disse que não gostou do novo Superman gay — nem da “linguagem neutra” que a Rede Globo quer adotar numa se suas próximas novelas. Mas e daí? Por acaso alguém é obrigado a aprovar a última versão do super-herói, ou uma novela de televisão onde os personagens vão falar “ile”, “aquile” e “novéle”?

Neném linde

Estão construindo no Brasil, com o apoio de empresas como Fiat e Gerdau, e de clubes esportivos como o Minas, uma máquina de repressão à liberdade. Ser ”homofóbico”, segundo essa maneira de ver o mundo, não é mais praticar atos de violência, de discriminação ou de desrespeito aos homossexuais, conforme estabelecem as leis — é, simplesmente, desagradar a quem controla alguma das facções do “movimento gay”.

Onde está o ódio, aí — nas palavras de Mauricio ou na sua punição?

Título e Texto: J. R. Guzzo, Gazeta do Povo, via revista OESTE, 28-10-2021, 18h

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4 comentários:

  1. Os esquerdistas, além de covardes, eles também são, 'pleonasticamente', desonestos e canalhas. E muito perigosos para e em qualquer sociedade que os permita pastar, pois que, ao contrário do que eles mentem, a esquerda jamais defendeu valores, mas, isso sim, rancores. E os espalha sem pejo.

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  2. Obrigado a quem está lendo e comentando.
    Realmente, a arrogância dos lacradores só não é maior do que a sua ignorância. Mas agora a patrulha deu um ousado passo adiante: não basta a lacração, tem que excluir quem pensa de modo diferente.
    Eu estava tomando um conhaque, sozinho, enquanto aguardava meu prato, e de repente me veio na telinha do celular essa assombração: queriam prejudicar os rendimentos do cara, mexer na remuneração dos trabalhos que faz. Na mesma hora, rabisquei umas linhas e enviei à editora Branca Nunes. Nem sabia que ela estava ali, a postos, mas queria ver se valia a pena compartilhar com nossos leitores esta preocupação. Era muito grave o que estava acontecendo.
    Sim, queriam evitar que ele, que não joga apenas por prazer, é um profissional, fosse remunerado. O propósito era este. O rapaz trabalhou e trabalha duramente, e tornou-se um dos melhores. Lembrei-me de quando esses tipos que adoram censurar os outros tinham o apoio do governo federal.
    Era só procurar o ministro da Justiça Armando Falcão que ele alterava o sobrenome e passava o facão em livros, por exemplo. Foi assim que Adelaide Carraro, autora do best-seller “Eu e o governador”, contando os bastidores da vida política de então, não pôde mais pagar a escola dos filhos porque a tornaram uma escritora proibida. E por quê? Porque alguém não gostou e impôs sua vontade por meio de um bom contato no governo federal.
    Outra recebeu “Feliz Ano Novo”, de Rubem Fonseca, de presente, e fez com que um general levasse ao ministro da Justiça, que o proibiu também, causando uma enorme dor de cabeça ao governo, pois o autor era um executivo da Light.
    No caso Maurício Souza, os lacradores mexeram numa abelheira que pode levar um enxame de vespas furiosas a picar bem na testa aqueles que acolhem suas ideias malsãs ou os apoiam. Não é ideia sã anular e excluir os discordantes. É são e democrático publicar a discordância, permitir réplicas e tréplicas etc. Até que a questão seja esclarecida.
    Deonísio da Silva, 30-10-2021, 19h02

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  3. Nas Veredas do Vereza:
    https://youtu.be/p_yxsKGz8Mk

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