Hoje, pelo que mostram os fatos disponíveis, há apenas dois candidatos reais, Lula e Bolsonaro — e nenhum dos dois é claramente majoritário
J. R. Guzzo
Apareceu mais um candidato a se tornar o candidato da “terceira via”, essa estrada que passa entre Lula, de um lado, e Bolsonaro, no lado oposto, e pela qual, nas esperanças de seus articuladores, o Brasil chegará ao seu próximo presidente da República no ano que vem. É o que mais tem, hoje em dia: candidato a candidato de terceira via. O mais recente da série é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, outra das nulidades eleitorais que apareceram até agora para representar o “centro” — com a esperança de crescer durante a campanha e chegar lá em outubro de 2022.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado |
A lista vai longe. Já teve o
apresentador de televisão Luciano Huck, pode vir a ter o jornalista José Luiz
Datena e tem, na data de hoje, os governadores João Doria e Eduardo Leite, o
ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, o candidato permanente Ciro Gomes, o
ex-ministro da Saúde Luis Henrique Mandetta e ainda outros mais. Aparece,
agora, mais um nome — e, como os outros, vai ficar no noticiário, dar
entrevista e fazer discurso.
A pergunta de ordem prática
que se coloca diante disso tudo é a seguinte: quanto vale, na vida das
realidades eleitorais, cada um desses nomes? É pretensioso dizer, com um ano de
distância, quem vai ganhar uma eleição, embora seja exatamente isso que fazem
os institutos de pesquisa de “intenção de voto”. O que dá para fazer, e só
isso, é olhar com realismo para a situação que existe hoje.
Hoje, pelo que mostram os fatos disponíveis, há dois candidatos, Lula e Bolsonaro — e nenhum dos dois é claramente majoritário. O presidente carrega nas costas o custo de ser governo, em geral o bode expiatório para as frustrações de muitos dos que estão insatisfeitos. Lula tem o seu passado e o problema de ser artigo de segunda mão, já usado e desaprovado.
A maioria do eleitorado não
está, aparentemente e neste momento, nem com Bolsonaro nem com Lula, mas no
meio dos dois. É uma maioria que não tem forma definida, está em movimento e
caminha mais de acordo com desejos do que com ideias. Naturalmente, um
candidato de “centro” pode crescer nesse tipo de bioma. Antes disso, porém, é
preciso levar em conta que Bolsonaro e Lula podem fazer a mesma coisa — mudar
de tom, cada um do seu lado, reprimir seus traços naturais e colocar o carro no
meio da estrada.
Para o presidente, isso
significa cair fora de todos os confrontos, mostrar-se moderado e contar com
uma situação econômica melhor que a de hoje. Para Lula, significa abandonar
tudo o que vem fazendo, e todas as companhias que mantém, e prometer um segundo
governo parecido com o seu primeiro — com muito Palocci e Meirelles, e pouco
MST e médico cubano. Vai ser a sua dificuldade de dar esses passos que
determinará, no fim das contas, a sorte da “terceira via”.
Título e Texto: J.R. Guzzo,
Gazeta do Povo, via revista OESTE, 25-10-2021, 20h
Infelizmente não temos pessoas idôneas para concorrer com o atual Presidente Jair Bolsonaro, digo isto pelo fator de o próprio Pacheco, já está sendo blindado quando se tenta pesquisar sobre o caso brumadinho, no qual ele, como advogado e seu escritório fazem parte, você não encontra mais, igualmente k que vem sendo feito com o CONDENADO Lula.
ResponderExcluirMas para não passar em branco:
Mineiros votaram nesse homem p/ ñ eleger Dilma, agora está aí, mais um socialista fabiano q são piores q os comunistas pois agem nas sombras, agora está aí o tal candidato c/ perfil "conciliador" q a "3° via" tanto quer impor a tds nós acredite PSDB, MDB e o PT estão por trás...
Este também está por trás do caso da barragem de brumadinho MG da empresa Vale, onde agora a #MidiaCarcomida diz ser falso estas informações.
https://youtu.be/0VszIA8ng9c