Um mundo rural que dá certo é a morte da “reforma agrária” e de outros contos do vigário aplicados pela esquerda
J. R. Guzzo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Em suma: a soja, no Brasil, é uma solução extraordinária. Não para a esquerda, porém; aí é exatamente o contrário. A soja, no “Movimento dos Sem Terra” e nos seus patrocinadores do PT, PSOL e adjacências — que são, na verdade, os seus verdadeiros donos — é uma desgraça que precisa ser destruída. É o que deixou claro a recente agressão do MST contra a sede da associação dos produtores de soja em Brasília. Uma gangue de malfeitores, usando equipamento para cortar metais e outros meios violentos de ataque, pichou paredes, vidros e janelas, instalou faixas de plástico pintadas e destruiu tudo o que pôde — um crime, e praticado com a violência do arrombamento. A soja, proclamaram os atacantes, é o maior inimigo que o Brasil tem hoje.
A soja, na verdade, é a maior
inimiga do MST, que explora a situação do campo, seja ela qual for, para
sobreviver materialmente — sem uma “causa” para vender, o movimento
simplesmente morre. É simples: a soja é a prova mais espetacular do sucesso
econômico e social do capitalismo na agricultura brasileira — e um mundo rural
que dá certo é a morte da “reforma agrária” e de outros contos do vigário
aplicados pelo MST e seus operadores políticos. “Soja não enche barriga” — é
essa estupidez grosseira tudo o que eles conseguem usar como argumento.
O crime cometido pelo MST foi
recebido com absoluta normalidade nos círculos que vivem em permanente crise
nervosa na defesa da “democracia”. Um negócio desses não seria um óbvio “ato
antidemocrático”, desses que tanto horrorizam o ministro Alexandre de Moraes e
o seu inquérito para salvar o Brasil? Não, não seria. Deve ser, apenas, mais um
ato protegido pelo legítimo direito de livre manifestação.
Título e Texto: J. R. Guzzo,
Estado de S. Paulo, revista
OESTE, 17-10-2021, 17h30
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