Se houve algum erro de cálculo político
maior que o do Moro na História brasileira, esse erro foi o do Weintraub
Ricardo Santi
O cara tinha um espaço
garantido dentro do conservadorismo, que lhe possibilitaria uma carreira
brilhante, não fosse o ego super inflado.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Ao invés de reconhecer seu espaço de coadjuvante, no qual teria uma eleição a deputado federal garantida e ampla votação, resolveu tentar se cacifar como opção aos ‘conservadores’ desapontados com Bolsonaro.
E para realizar seu plano, passou
a alimentar esse suposto desapontamento através de críticas reiteradas
disfarçadas de apoio crítico, enquanto articulava sua candidatura ao Palácio
dos Bandeirantes ciente de que no pleito iria concorrer contra o candidato de
Bolsonaro.
Um erro de cálculo foi
Weintraub acreditar que os conservadores mais puristas, desapontados com o fato
de Bolsonaro fazer coalisão com o centro para governar, fossem maioria dentro
do eleitorado do presidente.
Na verdade, a maioria do eleitorado de direita é mais inclinada ao pragmatismo, que tem se mostrado mais capaz de evitar a volta da esquerda ao poder, do que a utopia purista.
É um traço de personalidade
comum aos conservadores a preferência pelo que funciona, ao invés de modelos
utópicos que só funcionam em discurso.
Outro erro foi não considerar
que, por mais que os conservadores mais puristas estejam frustrados com a
impossibilidade de Bolsonaro tocar a agenda conservadora, esse é um público que
preza muito pela lealdade. Ninguém que se mostre desleal ganhará o voto dessa
fatia do eleitorado.
Hoje Weintraub não se elege
mais nem para deputado federal. Com muita sorte e uma boa correção de rumo,
pode tentar uma vaga para deputado estadual.
Que morte horrível!
Título e Texto: Ricardo Santi, Jornal da Cidade, 17-4-2022, 10h55
A briga tem como ponto central a doação de quatro imóveis do pai a Renata, sua segunda mulher, com quem está casado há 24 anos. O total é de estimados 3 milhões de reais. A discussão começou em 2011, ...
ResponderExcluirLeia mais em: https://veja.abril.com.br/brasil/fake-news-e-chantagem-a-batalha-nos-tribunais-que-divide-os-weintraub/
Um pai merece isso?