segunda-feira, 11 de julho de 2022

A cavalgadura e o nosso cavalo de ferro

João-Afonso Machado

Segundo fontes fidedignas, cresceu e viveu em S. João da Madeira, filho de pai industrial e abonado e guarda consigo toda a arrogância de um certo novo-riquismo. O partido teve de lhe lembrar que era socialista, ministro e da ala esquerda, não lhe ficava bem pavonear-se de Porsche nas nossas estradas. Decerto contrariado, acatou e dedicou-se aos aviões.

E esqueceu os comboios, um meio de transporte que não utilizará, mas que tanto convém à malta em geral. Com o "material circulante" a cair às peças, moderno o bastante para não dispor de janelas que se abram, mas suficientemente estafado para já não soprar o ar-condicionado.

A sua recomendação, na emergência: os portugueses que evitem viajar de comboio nas horas de calor... Pouco antes, um Alfa parara em Pombal e descarregara os passageiros, doentes, desidratados, indignados.

O Ministro é uma nulidade: primeiro, ainda não percebeu que a única solução ideal do nosso problema aeronáutico está no Mar da Palha e no regresso aos hidroaviões; segundo, que os Alfas brancos, encarnados e azuis já só tropeçam, falta-lhes o folego ainda a viajem está no princípio (o leitor depois não diga que não avisei...) e os da segunda geração, os cinzentos, talvez escapem, se devidamente reparados nas oficinas de Contumil ou do Entroncamento.

Não há dinheiro? Então é diabo! O cancro socialista já metastizou...

Título, Imagem e Texto: João-Afonso Machado, Corta-fitas, 11-7-2022

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