Emissora tem registrado queda de audiência
Depois de dois anos e meio em atividade, a CNN Brasil vive uma crise interna que revoltou boa parte dos jornalistas da emissora. O canal vem promovendo demissões e redução de horas ao vivo para cortar custos de produção desde o início do mês, informou o site especializado Notícias da TV, na terça-feira 12.
A audiência também deu sinais
de queda. Em junho, o canal fechou com 0,14 ponto no Painel Nacional de
Televisão (PNT), o que lhe rendeu o terceiro lugar entre os canais da TV paga.
A Jovem Pan News,
que tem custo muito mais baixo, marcou 0,16 ponto. A GloboNews liderou
com 0,47 ponto, disse o PNT.
Segundo o Notícias da
TV, cinco jornalistas insatisfeitos da CNN Brasil procuram emprego em
concorrentes para sair quanto antes, entre eles, editores, repórteres e até
mesmo um apresentador do horário nobre.
A empresa mandou embora pelo
menos quatro profissionais, nas áreas de edição, reportagem e mídias digitais
no começo do mês. Houve também saídas de profissionais que conseguiram
encontrar espaço em outros veículos. Entre os nomes conhecidos estão Rodrigo
Maia, editor-chefe do projeto CNN Educação. Ele será substituído por Claudia
Costin, já contratada da empresa.
Crise na Globo
Reportagem da Revista Oeste informou que a crise na imprensa também bateu à porta da Globo. A nova realidade da empresa é o encolhimento. Artistas de novela e dramaturgos consagrados deixaram de renovar contratos. Funcionários veteranos, considerados intocáveis, estão sendo demitidos. A rede está perdendo direitos de transmissão, despesas estão sofrendo tesouradas impiedosas, sem contar a dívida bilionária. O canal de TV mergulhou na pior crise de sua história.
Os números são claros. O
aumento de despesas e a queda na receita com publicidade fizeram o lucro
líquido do Grupo Globo cair de R$ 752,5 milhões, em 2019, para R$ 167,8
milhões, em 2020. Foi uma queda vertiginosa de 78%. Com a alta do dólar no ano
passado, a dívida da Globo passou de R$ 3,47 bilhões para R$ 5,4 bilhões.
Para piorar, a emissora
deixou de contar com boa parte da ajuda que recebia do governo federal, o que explica em boa parte sua fúria oposicionista. De
2003 a 2019, nas gestões de Lula, Dilma e Temer, a Globo recebia, em média, R$
450 milhões por ano para veicular propaganda estatal. Segundo levantamento do
portal Terra, com base em dados da Transparência, o total foi de R$ 7,2
bilhões. Ao longo dos três anos de Jair Bolsonaro no Planalto, a Globo
deixou de receber entre R$ 600 milhões e R$ 750 milhões em verbas
publicitárias.
Título e Texto: Redação,
Revista
Oeste, 14-7-2022, 12h05
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