Mário de Sá-Carneiro
Na minha Alma há um balouço Que está sempre a balouçar ---
Balouço à beira dum poço,
Bem difícil de montar...
- E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...
Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...
- Cá por mim não mudo a corda,
Seria grande estopada...
Se o indez morre, deixá-lo...
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar-se enquanto vive...
- Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive...
Mário de Sá-Carneiro
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Porto Sentido
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[Versos de través] A angústia
Mon rêve familier
ResponderExcluirVale a pena ouvir a poesia acima nesse link
https://www.youtube.com/watch?v=qYx5YLvHdvY
Carina Bratt
Ca
da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro
A Poesia tem lugar nesta coluna publicada aos sábados. Colabore!
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