sexta-feira, 12 de agosto de 2022

França: Perigosa para os Judeus

Guy Millière 

Lyon, França. 17 de maio de 2022. Em um distrito chamado La Duchère, René Hadjadj, judeu de 89 anos, foi jogado do 17º andar de uma varanda, um ato rapidamente reconhecido como assassinato. Rachid Kheniche, o assassino, um árabe muçulmano de 51 anos, que mantinha uma conta no Twitter que continha inúmeras mensagens antissemitas . O promotor público, que desde então parcialmente reconsiderou sua postura, declarou imediatamente que o assassinato não foi um crime antissemita. A grande mídia nunca noticiou o assassinato, somente os jornais da comunidade judaica o noticiaram. A família de Hadjadj, que mora no mesmo bairro, disse que preferia não se pronunciar.

A atitude do judiciário francês em relação ao assassinato de René Hadjadj, de 89 anos, é semelhante à maneira que o órgão trata, há décadas, todos os assassinatos de judeus na França. Primeiro, as autoridades invariavelmente saem correndo, afirmando que o assassinato do judeu não tem nada a ver com antissemitismo. Quando as evidências mostram o contrário, vão se acumulando e se tornando impossíveis de serem negadas, a motivação antissemita pode até ser reconhecida, com relutância. Na foto: distrito de La Duchère em Lyon, França, onde Hadjadj foi assassinado em 17 de maio. (Imagem: Jeanne Menjoulet/Flickr)

Jornalistas analisaram a situação dos judeus em bairros como o La Duchère. As respostas das famílias com as quais eles conversaram eram sempre as mesmas: constantes assédios e ameaças dos muçulmanos. As famílias acrescentaram que a situação de cristãos e de não muçulmanos é praticamente a mesma: não muçulmanos que têm condições de sair, saem, fogem para bairros mais seguros. Os que permanecem não têm condições para tanto. Judeus em particular é que estão em perigo. Recentemente a jornalista Noémie Haliua publicou um livro sobre o assunto, Les uns contre les autres, ("Um Contra o Outro").

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