Ornela Falacci
Coerência, lógica, linearidade
são luxos que nos foram sonegados há muito tempo, especialmente na Igreja. Não
é preciso ter uma memória de elefante para sabê-lo. Basta lembrar-se, por
exemplo, do desespero magisterial de Francisco durante a presidência de Trump,
que culminou com a sinistra encíclica Fratelli Tutti, na qual ele
se ressentia da ameaça de guerra oriunda do perigo inconfesso da reeleição do
presidente americano, e compará-lo com o silêncio cúmplice com o qual brinda o
governo Biden, este sim um dos responsáveis por ter causado a guerra na
Ucrânia. A esquerda gritava histericamente contra a truculência belicosa de
Trump enquanto se preparava para, ela mesma, causar a guerra da qual acusava os
seus oponentes.
Brasil,
2022. O cenário está armado. A esquerda reconquistou os países perdidos, desde
os EUA e por toda a América Latina. Resta apenas o Brasil.
A posição da CNBB, longe do
isentismo que caracteriza instituições que precisam transcender a política para
garantir um Status permanente, é política, politizada e
politiqueira. As notas, as mensagens, as cartas, enfim, todos os documentos
emanados pela Conferência Episcopal têm uma direção clara: reconduzir à
presidência da república o ex-presidente Lula. De fato, parte significativa do
episcopado brasileiro formou-se nas fileiras da militância petista mais
fanática e triunfalista, não poderia ser diferente.
Contudo, foi esta mesma CNBB
que se empenhou tanto no projeto de lei “Ficha Limpa”, sancionado por ninguém
menos que o então presidente Lula (suma incoerência!). Quem não se
lembrará da comemoraçãode toda a esquerda igrejeira, com todo aquele tom moralista auto
beatificante, em 2010?… A CNBB, triunfante, celebrava o projeto que iria salvar
a “ética na política”, vociferando o mote bradado pelo PT nos anos 90.
Agora, depois da apuração de escândalos de corrupção que chegaram a 900 bilhões de desvios na Petrobrás e 400 bilhões no BNDS durante os governos do PT, onde está a mesma CNBB para desfraldar o seu projeto “Ficha Limpa”? Todos sabemos que Lula foi desencarcerado, que seus processos foram anulados e que ele foi tornado elegível por manobras judiciárias meramente formais, que se eximiram completamente da matéria dos crimes cometidos. O dinheiro foi desviado, a corrupção consumada e a tentativa de equivaler tudo às acusações de corrupção desmesuradamente menores do governo Bolsonaro é apenas cinismo retórico, fingimento de negar o senso das proporções.
O dinheiro roubado dos
brasileiros não foi usado para fins pessoais, mas para favorecer a articulação
do Foro de São Paulo e de toda a esquerda latino-americana, que inclui grupos
terroristas, narcotraficantes e ditaduras genocidas da mais alta periculosidade.
Agora, estes mesmos posam como defensores da “democracia”, dessa democracia que
eles sonegam aos países governados pela incompetência de ditadores que se
precisam manter com o nosso dinheiro.
Não é à toa que o secretário de defesa dos EUA veio ao Brasil para avisar o que o governo Biden espera do nosso. Isso pode ser normal? Isso é realmente democrático?
Os olhos do mundo se voltam para o nosso país justamente porque se interessam pelos bens que nos pertencem. A esquerda, mais do que nunca, vendeu-se para o entreguismo internacionalista mais descarado. Recentemente, Leonardo Boff declarou que a Amazônia deve ser internacionalizada e ter gestão global. É exatamente isso que está por detrás de todo o ecologismo eclesiástico atual: roubar o nosso país mais uma vez, não apenas econômica, mas territorialmente.
Não estamos diante de uma
eleição. É preciso dizê-lo de modo claro: estamos diante de uma movimentação
unificada de forças internacionais e nacionais que visam a reedificação da
cleptocracia, da qual sempre se beneficiou a elite deste país, os países
estrangeiros, a mídia, a classe pensante e falante. É tudo apenas isso! E a
Igreja se vendeu, desde cima, para este objetivo.
Temas como aborto e ideologia
de gênero não irão figurar em discursos e cartilhas políticas. O clero
progressista considera tais temas como secundários, para não dizer
obscurantistas: eles acham que a ciência moderna é capaz de interromper sem
grandes dores uma gravidez indesejada e o sofrimento de velhinhos e que a
família natural é um tótem autoritário que precisa ser remodelado na sociedade
inclusiva do futuro. Trata-se de ignorar essas temáticas de maneira solene para
não escandalizar os ouvidos católicos e avançar com todo colaboracionismo para
com os militantes da nova esquerda.
A união Lula – Alckmin é a mais
pérfida que poderia existir: é o pior da esquerda unido ao pior da “direita”
liberal (sabemos que Geraldo não é de direita, que é socialista fabiano, mas a
sua visão de gestão econômica é música para os ouvidos liberais), o
identitarismo imoral fundido com o liberalismo que vai vender até o ar para
encher as burras de um governo destinado a distribuir migalhas aos pobres para
engordar regimes estrangeiros e obter elogios imperialistas – “Lula é o cara!”
(by Obama).
Pouco importa se o índice de
violência despencou no país, se o número de empregos aumentou, se somos um dos
países que mais vacinou no mundo, se conseguimos crescer enquanto todos os
países despencam… Bolsonaro será chamado de genocida, ainda que exista um vírus
potencialmente letal em circulação, enquanto os verdadeiros genocidas são
homenageados como heróis e subsidiados pelo nosso dinheiro. Isso tudo é teatro,
ilusionismo verbal, hipnose midiática.
É claro que Bolsonaro não é um
santo e está longe de ser um presidente ideal – os utopismos dos puritanos
católicos chegam a níveis psicóticos, às vezes! –, mas é claro que não estamos
num cenário normal e que aqui já não se trata mais de uma escolha num cardápio
eleitoral, mas de uma manobra de proporções globais para a indução de massa, a
qual, segundo a nossa opinião, vai dar certo.
Lula está praticamente
reeleito. Esta é a verdade que boa parte do negacionismo de direita não
consegue admitir. Não se trata mais de ser otimista ou não, mas de lidar com
fatos. A crise econômica produzida pela pandemia e a guerra favorece as
revoltas de esquerda entre os pobres e a imoralidade extremista vigente nas
ideologias da moda hipnotizam a elite podre, e a Igreja unge tudo com
pauperismo libertador e discurso inclusivo… Voilà!
Ainda há tempo de reagir? Sim!
Mas é preciso abrir os olhos de todos. Estamos sendo vigiados pelo sistema,
nossa liberdade de comunicação está bem restrita e só o que nos resta é o
trabalho individual. Com a ajuda de Deus e de Nossa Senhora, com uma
intervenção praticamente milagrosa, será possível reverter o desastre… Rezemos
e lutemos, pois pouco tempo nos resta.
Título e Texto: Ornela
Falacci, FratresInUnum.com,
2 de agosto de 2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-