Governo brasileiro não quer vitória da direita na Argentina
Alexandre Garcia
Estamos em vésperas de eleição para presidente da República no vizinho do sul, na Argentina. São três os candidatos principais, um candidato de esquerda e dois de direita – desses dois, um mais à direita, outro mais ao centro. Sergio Massa é o atual ministro da Economia, economia que está um desastre, com inflação imensa e peso desvalorizado; ele é o candidato do atual presidente argentino, Alberto Fernández, e do presidente Lula. Na centro-direita temos Patricia Bullrich; e, mais à direita, Javier Milei.
Foto: Tomás Cuesta/EFE/POOL |
Milei recebe deputados brasileiros nesta sexta. Uma pequena comitiva de três parlamentares – Eduardo Bolsonaro (PL), Marcel van Hattem (Novo) e Rodrigo Valadares (União) – vai levar uma nota assinada por 69 deputados federais brasileiros, de apoio a Milei, que está com 26% nas pesquisas, contra 30% de Massa e 24% de Bullrich. Somados os dois de direita, eles já têm 50%. A eleição só se decide no primeiro turno se alguém receber 45% de votos; se a direita não estivesse dividida, já ganharia neste domingo, mas talvez a definição fique para o segundo turno, em 19 de novembro, certamente entre Milei e Massa.
Outro dia, jantando com um
embaixador sul-americano, ele me perguntou: “será que o governo brasileiro está
preparado para o resultado da eleição na Argentina?”. Na quinta o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, respondeu que o governo brasileiro teme o resultado
da eleição na Argentina. Mesmo que as pesquisas não estejam mostrando, Milei é
favorito, diante da situação caótica da economia argentina.
Título e Texto: Alexandre
Garcia, Gazeta do Povo, 19-10-2023, 21h50
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