Pedro Correia
Dizei aos que não creem:
"Sereis, sem dúvida, derrotados e reunidos no Inferno. O vosso lugar de
descanso será o mais terrível".»
Alcorão, 37: 171-173
Este 7 de Outubro será sempre conhecido como dia da infâmia em Israel. O
dia da incursão de cerca de dois mil terroristas do Hamas em território
israelita que provocou 1500 mortos e mais de três mil feridos, além de 300
pessoas de mais de 30 nacionalidades tomadas como "reféns". Ignora-se
se ainda estarão vivas.
Ainda nem uma das vítimas
tinha sido enterrada, já havia por cá quem relativizasse o massacre, invertendo
o ónus da culpa, que terá sido das vítimas. Seguindo a lógica daquele juiz
desembargador que absolveu o violador alegando que a jovem violada usava uma
saia demasiado curta e, portanto, estava mesmo a pedi-las...
Para tal gente toda a
barbárie, singular ou coletiva, assenta neste axioma que desafia a lógica mais
elementar. Inocentar os criminosos, culpar as vítimas. Daí, no próprio dia 7,
não ter faltado logo quem estabelecesse equivalência moral entre a Alemanha
nazi e o Estado judaico. Qual o efeito prático de tudo isto? Branquear a
página mais negra da história humana, que se traduziu no assassínio sistemático
e meticuloso de seis milhões de pessoas às ordens de um estado totalitário,
onde qualquer dissidência equivalia a morte.
Não faltou até, nesta linha de raciocínio cada vez mais alucinada, quem metesse Gaza e Auschwitz no mesmo saco. Omitindo, desde logo, toda a cartilha xenófoba e racista do Hamas - declaração de ódio visceral não apenas ao Estado de Israel, mas ao conjunto do povo judeu.
Esta cartilha está disponível
na rede, para quem queira ficar elucidado.
Proclama coisas como estas:
«Não há solução para o problema
palestino a não ser pela guerra santa. Iniciativas de paz, propostas e
conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa.»
«Os hipócritas não podem
ser superiores aos crentes, e devem morrer em desgraça e aflição.»
«Os sionistas estiveram por
detrás da I Guerra Mundial, por meio da qual obtiveram a destruição do Califado
Islâmico, tiveram altos ganhos materiais, passaram a controlar numerosos
recursos naturais, obtiveram a Declaração Balfour e criaram a Liga das Nações
Unidas (assim no original), para poderem governar o mundo por meio dessa
Organização. Estiveram, também, por detrás da II Guerra Mundial, através
da qual juntaram um tremendo lucro com o comércio de materiais de guerra e
abriram caminho para o estabelecimento do seu Estado.»
Destaco sobretudo esta:
«A hora do julgamento não
chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los e
mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e
cada pedra gritará: "Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por
detrás de mim, venham e matem-no!"»
Ao menos não enganam ninguém:
dizem exatamente o que pensam - se é que podemos chamar pensamento a isto.
Tal como fez Hitler há cem
anos, quando publicou esse execrável panfleto antijudaico chamado Mein
Kampf. Sabemos muito bem o que aconteceu depois.
Jamais se repetirá. Os judeus
não voltarão a deixar que o inimigo os conduza ao matadouro. Tenha esse inimigo
o rótulo que tiver, chame-se ele como se chamar.
Título, Imagem e Texto: Pedro
Correia, Delito de Opinião, 19-10-2023
O nível moral da imprensa global está sendo exposto nessa guerra
Canalhice (mais uma) da imprensa
Nem eu. E você?
Factos e narrativas
“Jornalismo” da Associação Brasileira de Jornalistas
E o que fez o Hamas?
Manifestantes se reúnem em apoio a Israel na Praia de Copacabana
Antes de matar alguém, escolha a árvore certa. Estas desgraças são como políticos. Ultimamente nenhuma delas está merecendo o nosso total respeito e apoio.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
de Ribeirão Preto, interior de São Paulo