Leandro Ruschel
O líder da oposição israelense, o
jornalista Yair Lapid, colocou o dedo na ferida:
“Vocês acham que uma organização que não tem problemas em massacrar bebês, massacrar mulheres grávidas e massacrar uma menina autista de 13 anos com sua avó de 80 anos tem algum problema em mentir?”
De todas as distorções da
cobertura da imprensa nestes últimos dias, a pior é o ‘equilíbrio’. Uma grande
parte da mídia está oferecendo a seus leitores e espectadores um quadro
‘equilibrado’, eles estão apresentando ambos os lados igualmente: a história
contada por um país democrático que está protegendo a vida e a história contada
por uma organização assassina e terrorista que odeia a vida.
O Hamas mente como método. Eles matam nossos filhos e dizem que a culpa é nossa, matam os filhos deles e dizem que a culpa é nossa. Eles usam pessoas como escudos humanos, disparam contra elas se elas tentam escapar, e acobertam isso com a sua grande quantidade de notícias falsas.
Nunca houve um abuso mais
cínico e horrível da liberdade de expressão. Meu argumento é que a mídia não
pode simplesmente alegar que está trazendo os dois lados da história. Se vocês
fazem isso, vocês estão apenas trazendo um: o lado do Hamas. É uma postura
covarde e preguiçosa. É um insulto às vítimas, incluindo as vítimas palestinas.
É também um insulto à ideia central do que é o jornalismo. Acreditem em mim, eu
sei, eu fui jornalista por 31 anos. Eu não tenho problema com críticas a
Israel, mas, quando vocês sabem que um lado mente e que um lado faz todo
esforço para verificar os fatos, o mínimo que podemos esperar é que vocês não
deem uma plataforma ilimitada às mentiras.”
Título e Texto: Leandro Ruschel, X, 19-10-2023, 15h45
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