Peter Wilm Rosenfeld
Há muitos anos, quando li
“1984” de George Orwell, a sociedade que o livro previa parecia consolidada no
leste europeu e em algumas outras regiões do mundo.
Inclusive no Brasil que, não
sei qual a razão, gostava tanto de macaquear culturas outras, já tínhamos
alguma experiência no assunto graças à ditadura do “Pai dos Pobres” (e “Mãe dos
Ricos”) Getúlio Vargas, acentuada pelos problemas do nazismo e do fascismo em
meados dos anos 30 a meados dos anos 40 do século passado.
Já antes do final dos anos 50,
o comunismo consolidava sua posição em grande parte do mundo, principalmente no
leste europeu.
A idéia de que o Estado
deveria ser o “big brother” para todos e tudo tornou-se dominante em muitas
nações, não pelo convencimento do povo de que esse seria o sistema ideal, mas
por meio da força bruta.
A União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS – quanta mentira ao mesmo tempo! Os países não
eram repúblicas, o socialismo era um sistema de araque que permitia tudo aos
membros preeminentes do partido e nada ao povo e reinava o terror nas
populações; os famosos “gulags”, verdadeiras prisões infernais, foram lotadas
com os adversários do regime e com aqueles que tinham pensamentos
independentes...).
E, para piorar, o Camarada
Stalin matou (ou mandou matar) algo como 30 milhões; repito: trinta milhões de
seres humanos. Bela democracia a dos comunistas...
Os bens de consumo mais
primários (ex: papel higiênico!) eram racionados.
Muitos “supostos” brasileiros
conheceram bem as “virtudes” desse sistema, eis que eram irmãos-camaradas de
Fidel Castro. A grande maioria desses amigos de Fidel pertencem às classes
sociais que militam na parte superior da sociedade, parte muito, mas muito
mesmo, distanciada de nosso famoso “Zé Povinho” econômico, que vive (!) com um
ou dois salários mínimos, quando muito.
Mas meus leitores devem estar
pensando o que que eles têm a ver com isso, já que são brasileiros, democratas
de verdade, que lutam para proporcionar a suas famílias uma vida decente tanto
no que se refere ao social como sob o aspecto econômico.
Respondo: o atual governo, sob
a Sra. Rousseff como, e principalmente o anterior, nos dois período do Sr. da
Silva, batalharam e estão batalhando para que se consolide o sonhado “Forum de
São Paulo”, que unirá, na medida do possível, todas as “esquerdas” da América
Latina.
Não satisfeitos com isso, os
esquerdistas brasileiros estão tratando de introduzir em nosso sistema legal
uma ingerência cada vez maior do estado na vida dos cidadãos (exatamente como o
“Big Brother” pretendia fazer). Exemplos recentes:
- Proibir aos
condôminos de prédios residenciais que vendam vagas na garagem de seus prédios
a pessoas que residam em outros imóveis;
- Proibir aos pais que
punam seis filhos com palmadas:
- Estabelecer que em
sala de aula os professores não possam punir os alunos por quaisquer desvios de
conduta desses últimos;
- Estabelecer que os
médicos que trabalhem com planos de saúde atendam qualquer cliente em um prazo
máximo de “X” dias.
Isso tudo já é regulado por
leis específicas com a exceção, talvez, do problema do seguro-saúde, algo
relativamente novo em nossas vidas. (Aliás, como o ex-Presidente da Silva
proclamou, em um de seus ridículos e mentirosos discursos, que “a saúde está
quase perfeita no Brasil”, o governo não deveria se preocupar com esse
problema...).
Mas sabemos que sob um sistema
democrático de governo as leis são feitas à medida que a sociedade se ressentir
de uma lacuna qualquer. Quase tudo o que vem do governo é contra o interesse
dos cidadãos e favorável ao governo; cuidado, pois...
Ademais, à medida que o PT
continuar a governar o País, mais os órgãos superiores de justiça (STF, STJ,
TST) serão aparelhados. O STF já conta com poucos integrantes não nomeados pelo
PT. Até o final do mandato da Sra. Rouseff só restarão um ou dois, e aí, seja o
que o PT quiser em matéria de justiça.
E, desviando-me um pouco do
tema proposto inicialmente, criou-se uma situação em nossa justiça que é
absolutamente intolerável: os juízes brasileiros se julgam acima de qualquer
lei e não aceitam que qualquer órgão alheio à justiça examine suas condutas!
Chegamos ao ponto de poder
dizer e proclamar, parodiando a antiga exclamação “AINDA HÁ JUÍZES EM
BERLIM”, que
NÃO HÁ MAIS JUÍZES EM BRASILIA
O Supremo Tribunal Federal
cassou uma das funções do Conselho Nacional de Justiça, qual seja, o de
investigar, ou de iniciar uma investigação, em toda e qualquer suspeita de
procedimento irregular em qualquer outro órgão de judiciário. Agora só pode
agir depois de terminada a investigação feita pelo órgão suspeito.
É triste, deplorável, e tenho
o dever de destacar que não foi um magistrado nomeado pelo PT que cometeu esse
absurdo. A determinação partiu de um dos mais antigos membros da corte, o mesmo
que já proferiu incontáveis sentenças muito controvertidas.
Então, o momento é de grande
apreensão para qualquer cidadão brasileiro (exceto, claro, para os esquerdistas
e os aproveitadores que fazem parte da corriola dominante): não há, ninguém
pode ter, qualquer resquício de tranqüilidade jurídica, seja em que assunto for!
Conforme apurou a Corregedora
do Conselho Federal de Justiça, Ministra Eliana Calmon Alves, existem
“bandidos” na justiça (o que, aliás, todos sabiam).
Isso bastou para que
virtualmente todos os juízes no Brasil vestissem a carapuça e se
sentissem ofendidos!
Ora, isso só acontece com quem
tem culpa no cartório. Os verdadeiramente inocentes pensariam simplesmente
“isso não é comigo” e fim de papo.
Todos sabemos que em qualquer
categoria profissional (e mesmo entre os religiosos), há os justos e honestos
(maioria esmagadora) e os pecadores, safados, desonestos, seja lá o que for. E
há desses últimos inclusive nas religiões. Por que a justiça seria uma exceção?
Para terminar, asseguro-lhes
que as duas situações a que me referi no presente texto são tão preocupantes
para mim como devem ser para todos os que não sejam “vermelhos” de carteirinha
ou por interesses escusos.
Esses não têm qualquer preocupação!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre
(RS), 21 de dezembro de 2011
Em tempo: Vejo que a
Presidente da Argentina, Sra. Kirchner, que idolatra seu falecido marido, está
andando mais depressa que o Brasil na instalação de uma ditadura esquerdista em
seu País. Às turras (turras violentas, diga-se de passagem) com os últimos
jornais independentes (leia-se democratas) argentinos, mandou invadir e ocupar
um deles. O propósito é o de lhes negar papel de imprensa, cuja venda é
controlada pelo governo. É triste ver nosso vizinho e amigo País novamente
sofrer uma recaída, depois de experimentar uns tantos anos vivendo e usufruindo
as liberdades democráticas.
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