O que eu gostaria de ter
escrito, o foi por um jornalista do grupo Folha de São Paulo, Igor Gielow.
Então, o tomei emprestado,
para que todos tomem conhecimento do que irá suceder a este país, após ontem,
7-09-2013 e que tinha tudo para ser a data para a libertação final, daqueles
que estão levando a nossa pátria ao caos.
Leiam com atenção:
Gigante de sono agitado
O relativo "flop"
registrado ontem, do ponto de vista de amplitude simbólica das manifestações,
sugere que junho pode ter ficado definitivamente para trás.
Há um mês, não havia ministro
ou assessor palaciano que não prenunciasse um Sete de Setembro inesquecível, em
que autoridades seriam constrangidas de forma inédita.
Não foi o que aconteceu. O
"maior protesto da história do Brasil", conforme pregava a fantasia
de uma molecada presa à realidade virtual, desandou apenas na já habitual e
lamentável pancadaria localizada.
Em Brasília, com efeito, havia
muito mais polícia do que manifestante na rua. A capital do Brasil lembrava
Islamabad, sua homóloga paquistanesa, quando vivia praticamente sob estado de
exceção nos anos 2000.
Bloqueios, camburões em
disparada por contramãos, rasantes de helicópteros, escudos, cavalos, cães. A
cidade parecia viver a ameaça de uma guerra, com soldados despreparados prontos
a borrifar spray de pimenta em quem se aproximasse, ativista ou profissional de
imprensa.
E nem isso foi capaz de deter
os incontroláveis de sempre -uns gatos-pingados sem agenda clara, com exceção
daqueles que agridem jornalistas, prédios da Globo, concessionárias de carros e
outros símbolos inequívocos da opressão do capitalismo maquiavélico. Bocejo.
A impressão que fica é que
esses espasmos residuais dos grandes atos de junho ficarão como marca perene no
cenário brasileiro. Se o gigante havia acordado, como gostam de dizer, ele
resolveu tirar uma soneca algo agitada.
Mas o ímpeto inicial e novidadeiro,
que apavorou políticos e obrigou os Poderes a darem sinais de que "ouviram
a rua", este parece ter esmorecido. Mais respostas convencionais, como
planos mirabolantes e "pactos", são previsíveis. Ao menos até uma
próxima conjunção de fatores - alguém falou em Copa e campanha eleitoral em
2014?
Igor Gielow, Folha de S. Paulo, 08-9-2013
Apenas uma colaboração de José Manuel, sobre o sete de setembro de 2013.
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