No teatro da vida a farsa
sempre esteve presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, a
bajulação ajudam os vencedores da arena da existência, sobretudo, se são
dotados da retórica capaz de iludir e convencer.
Na atualidade o famigerado
“politicamente correto”, que exclui valores, embaça percepções e nivela por
baixo para atingir o que Alexis de Tocqueville denominou de “males da
igualdade”, elevou ao máximo a farsa como modo de escapar ao julgamento
negativo da maioria. A pessoa diz o que se quer que ela diga e não o que pensa
ou sente.
Na política, palco máximo da
simulação, a farsa nunca esteve tão exacerbada na medida em que conta com o
poderoso auxílio da propaganda, que se sofisticou e se disseminou através dos
meios de comunicação especialmente os televisivos.
Esse ápice da arte de fingir
chegou ao nosso país com o governo petista que, finalmente, conseguiu
marqueteiros aptos a esculpir imagens ou confeccionar máscaras para compor personagens
ideais e palatáveis ao gosto popular.
Assim, Lula da Silva,
sindicalista esperto, verborrágico, afeito a retórica de porta de fábrica,
vestiu a roupagem do operário pobrezinho, necessário à ideologia de esquerda
que precisava de um representante do proletariado e, num passe de mágica virou
estadista.
Nada mais longe da verdade,
pois Lula de fato é um semianalfabeto que de pobre não tem mais nada, um
populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor.
Sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, algo circense provocou o sentimento de
identidade com a massa, que sendo culturalmente necessitada de proteção viu
nele o pai generoso a distribuir caridades oficiais que livraram os mais pobres
da “maldição” do trabalho. Mas ai de quem disser essas coisas do “líder”,
imediatamente é tachado de preconceituoso e marcado com novos significados de
certos termos inventados pelo PT.
Por exemplo: fulano é da
elite. Elite quer dizer produto de qualidade, mas na “novilíngua” petista passa
a significar rico e, portanto, mau. As pessoas não percebem que os mandarins do
PT estão riquíssimos e que Lula é o queridinho dos banqueiros, dos empresários
dos empreiteiros que, aliás, sustentam suas ricas campanhas.
Sicrano é de direita. Direita
é outro termo no linguajar petista que estigmatiza quem é assim chamado. Ser de
direita ensina o PT é ser atrasado, neoliberal, mau-caráter, aquele que odeia
os pobres. O bom é ser de esquerda, aquela bem totalitária, que matou milhões
em nome da causa, impediu a liberdade, infelicitou, oprimiu e igualou o povo na
miséria conservando a rica classe dirigente. Curiosamente, o PT nunca conseguiu
definir seu socialismo e sua classe dirigente adora gozar das delícias da
burguesia.
Do alto de sua arrogância o
boquirroto Lula, que gosta de ensinar ao mundo como é que ser faz para
converter um país em paraíso, elegeu a primeira mulher presidente. E daí? Ela é
a mulher submissa, que não dá um passo sem obedecer ao seu dono e senhor, a
gerente que não conseguiu tocar nem loja de R$ 1,90. Vergada sob a herança
maldita do seu mentor e de sua própria incompetência, Rousseff está conduzindo
o Brasil pelos fiascos dos pibinhos que nos torna lanterninha dos BRICS, pela
calamidade da inflação, pelo flagelo da inadimplência. Mas ela não é a mãe do
PAC? O PAC foi um aborto, uma ficção como a transposição do Rio São Francisco e
tantas outras promessas não cumpridas.
Na véspera de 7 de setembro, a
governanta veio à TV fazer sua propaganda política. Reconheceu que “ainda somos
um país com serviços públicos de baixa qualidade”, como se isso não dissesse
respeito a seu governo. Entretanto, o que Lula e ela fizeram para melhorar
estes serviços nos seus quase 11 anos de poder?
Como o forte do PT não é
autocrítica, Rousseff, na mesma performance se vangloriou de trazer os médicos
cubanos escravos, doutrinadores ou não, que dão um bom lucro para Fidel Castro
e, provavelmente, para o governo brasileiro.
A última da governanta foi no
G20. Ela discursou tirando satisfações do presidente Obama sobre espionagem.
Uma tentativa de levantar os brios nacionalistas brasileiros e se colocar como
vítima. Quem sabe também de obter o assento na Comissão de Segurança da ONU,
almejado pelo PT há longo tempo. Ficou falando sozinha, pois os participantes
estavam preocupados com o importante caso da Síria.
O fato é que o Brasil está
longe de alcançar sua independência enquanto o povo continuar a votar nesse
tipo de gente. E não se duvide que a bancada da Papuda, que deve aumentar caso
os “mensaleiros” sejam presos, possa ser reeleita, apesar da cusparada que o
Congresso Nacional deu na cara do país mantendo o mandato do deputado
presidiário, Natan Donadon. Infelizmente, o ser humano ama a farsa e a pratica.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga, 08-9-2013
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