segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

“No Rio, não basta roubar, tem de matar.”

(…)
O senhor está há um ano e meio num cargo de alta tensão, atravessou várias crises. Qual o momento mais difícil?
Antes de tomar posse. Quando definíamos se a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) ficaria sob nossa responsabilidade, aconteceu uma série de ataques. Incendiaram um ônibus com pessoas dentro. Metralharam uma delegacia e baleram pelas costas um cidadão que fazia registro de ocorrência. Isso não é crime comum. Foi uma demonstração de força do CV. (Comando Vermelho).

E por quê?

Porque havia uma cultura no Rio de que, em certos lugares, o Estado não entra. Uma cultura de inércia e inépcia do Estado. Isso criou um tipo de criminalidade que não se vê em outras capitais. 

No Rio, não basta roubar, tem de matar. Mataram o meu segurança com 82 tiros. Nem sabiam se ele era policial. Estava de terno, um cidadão comum.

Vejam se isso ocorre em São Paulo ou Recife. Se não existe Estado, não há atalho: estamos aqui e temos que ir para ali.

Respostas de José Mariano Beltrame ao jornal “Folha de São Paulo”, em 17 de maio de 2008.
Citado no livro do Coronel Paúl, “UPP – Uma farsa eleitoral”, páginas 34 e 35.

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