Aparecido Raimundo de Souza
Historicamente falando, o Brasil é um país totalmente manipulado
por uma corja de ladrões e sacripantas da pior espécie. Não bastassem esses
entraves, é viciado e afeito em mazelas. Vive submergido, mergulhado, afundado
em corrupções e infortúnios. Prevalecem (desde tempos imemoriais, acima de
qualquer coisa), as práticas ilícitas e ilegais e o pior, goza de mais valor,
ou dito de outra maneira, vale “mais” aquele que dispõe, além do que necessita,
não importando saber de onde veio esse “mais”.
Por isso, insistimos que a renovação de nossa estrutura
social é a mais importante entre todas as reformas que necessariamente
haveremos (ou haveríamos) de realizar.
Em nosso país, senhoras e senhores, raríssimos foram os
estados da federação que não tiveram seus patrimônios dilapidados, pela ação
devastadora de maus governantes: desde simples cadeiras, mesas, computadores, automóveis
e tratores, passando por infindáveis frotas de ambulâncias, sem falarmos nas
centenas e milhares de prédios públicos que podem ser vistos espalhados de
norte a sul desse país de merda. A “quebradeira”,
senhoras e senhores, atinge, nessa altura do campeonato, estágios
estratosféricos.
Sem querermos falar, mas já o fazendo, nos recursos
financeiros (inclusive os famigerados precatórios) desviados para esses ou
aqueles fins escusos, culminando todo esse esbulho e roubalheira, em Estados e Municípios
pobres, governantes ricos, e presidente sem noção, divorciado da realidade, jogando,
esbanjando dinheiro pelas calhas e condutos do Jaburu.
Nessa dança desenfreada, a União, os Estados e Municípios,
brasilzinho a fora, todos, sem exceção, vivem a mercê desses imperadores de
merda, de reis feitos nas punhetas ansiosas, onde muitos, sem os devidos
preparos, atrelados a outros inescrupulosos, convictos da força da impunidade
que lhes é facultada e, ainda, de posse das chaves dos cofres dos nossos
impostos, proporcionam os mais lesivos e injuriosos atos ao erário Público.
Quem assumiu os prejuízos originários dessas ações
criminosas? Ganhará um doce quem assinalar a resposta correta. Isso mesmo amadas
e amados. Os contribuintes. Quais as penalidades aplicadas aos que mandam, para
o ralo, os bens públicos por total falta de irresponsabilidade, incompetência
ou fraudes? Saibam senhores, não existe nenhuma condenação ou admoestação.
Impera a nauseabunda, odiosa e nojenta IMPUNIDADE.
As senhoras e os senhores saberiam sinalizar quantos foram
os governantes que enriqueceram as expensas dos recursos públicos e vivem,
hoje, nababescamente debaixo das saias longas e folgadas dessa inviolável impunidade?
Acreditem amados. Muitos.
No País, mais de 90% dos Estados se encontram totalmente
falidos, fodidos, de pires nas mãos, graças às inaptidões, as imperícias, as
imprudências e as desídias administrativas de seus ex-administradores.
Destruídos financeiramente e com seus patrimônios demolidos,
estragados, arruinados, e ainda sem que os gestores, por tais irregularidades
tenham passado pelas “iras da justiça”, muitos ostentam desprezos e rejeições, ao
afirmarem que o exercício do cargo representa um enorme sacrifício e uma
profunda depreciação e deslouvor para si e seus familiares, que normalmente,
ocupam cargos estratégicos nos planejamentos e percebiam em face disso, altos
salários.
Vaidosos, pedantes, espavoridos, inábeis, boçais, broncos, e
caipiras, são esses os elementos que formam ou que constroem o perfil da grande
maioria. Vagabundos, vadios, malandros, trapaceiros, erradios, que normalmente
adoram ser bajulados em troca de submeterem os Estados e os municípios às trágicas
condições de bancarroteados e esfacelados.
Ora, meus caros! Se nas atividades privadas todos (isenção
apenas para os nossos banqueiros), respondem cível e criminalmente por seus
atos perante os ditames da lei, por que essa pratica não funciona com os nossos
governantes?!
Exemplos, a bem da verdade, não nos faltam do uso indevido
dos gastos públicos. Carecemos sim, com urgência urgentíssima, da honra e
coragem dos “cabeças de frente”, pela fiscalização severa e aplicação rígida das
normas existentes. Ou a bagunça aí existente prevalecerá indefinidamente.
De tantas omissões e conveniências, verdadeiras quadrilhas
proliferam em todo o país para o desespero dos indefesos e desamparados contribuintes.
Aliás, amadas e amados, eles, os simplórios e idiotas pagadores de impostos, não
estão tão inânimes como querem dar a entender. Podem, caso queiram, apelar para
o papa e, ainda assim, se forem dar um passeio em Roma. Para aqueles que não
sabem, a Itália é logo ali.
Título
e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. Do Rio de Janeiro
RJ. 4-5-2017
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