sexta-feira, 5 de maio de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Paletós de transpasse

Aparecido Raimundo de Souza

Historicamente falando, o Brasil é um país totalmente manipulado por uma corja de ladrões e sacripantas da pior espécie. Não bastassem esses entraves, é viciado e afeito em mazelas. Vive submergido, mergulhado, afundado em corrupções e infortúnios. Prevalecem (desde tempos imemoriais, acima de qualquer coisa), as práticas ilícitas e ilegais e o pior, goza de mais valor, ou dito de outra maneira, vale “mais” aquele que dispõe, além do que necessita, não importando saber de onde veio esse “mais”.

Por isso, insistimos que a renovação de nossa estrutura social é a mais importante entre todas as reformas que necessariamente haveremos (ou haveríamos) de realizar.

Em nosso país, senhoras e senhores, raríssimos foram os estados da federação que não tiveram seus patrimônios dilapidados, pela ação devastadora de maus governantes: desde simples cadeiras, mesas, computadores, automóveis e tratores, passando por infindáveis frotas de ambulâncias, sem falarmos nas centenas e milhares de prédios públicos que podem ser vistos espalhados de norte a sul desse país de merda.  A “quebradeira”, senhoras e senhores, atinge, nessa altura do campeonato, estágios estratosféricos.

Sem querermos falar, mas já o fazendo, nos recursos financeiros (inclusive os famigerados precatórios) desviados para esses ou aqueles fins escusos, culminando todo esse esbulho e roubalheira, em Estados e Municípios pobres, governantes ricos, e presidente sem noção, divorciado da realidade, jogando, esbanjando dinheiro pelas calhas e condutos do Jaburu.

Nessa dança desenfreada, a União, os Estados e Municípios, brasilzinho a fora, todos, sem exceção, vivem a mercê desses imperadores de merda, de reis feitos nas punhetas ansiosas, onde muitos, sem os devidos preparos, atrelados a outros inescrupulosos, convictos da força da impunidade que lhes é facultada e, ainda, de posse das chaves dos cofres dos nossos impostos, proporcionam os mais lesivos e injuriosos atos ao erário Público.

Quem assumiu os prejuízos originários dessas ações criminosas? Ganhará um doce quem assinalar a resposta correta. Isso mesmo amadas e amados. Os contribuintes. Quais as penalidades aplicadas aos que mandam, para o ralo, os bens públicos por total falta de irresponsabilidade, incompetência ou fraudes? Saibam senhores, não existe nenhuma condenação ou admoestação. Impera a nauseabunda, odiosa e nojenta IMPUNIDADE.  

As senhoras e os senhores saberiam sinalizar quantos foram os governantes que enriqueceram as expensas dos recursos públicos e vivem, hoje, nababescamente debaixo das saias longas e folgadas dessa inviolável impunidade? Acreditem amados. Muitos.

No País, mais de 90% dos Estados se encontram totalmente falidos, fodidos, de pires nas mãos, graças às inaptidões, as imperícias, as imprudências e as desídias administrativas de seus ex-administradores.

Destruídos financeiramente e com seus patrimônios demolidos, estragados, arruinados, e ainda sem que os gestores, por tais irregularidades tenham passado pelas “iras da justiça”, muitos ostentam desprezos e rejeições, ao afirmarem que o exercício do cargo representa um enorme sacrifício e uma profunda depreciação e deslouvor para si e seus familiares, que normalmente, ocupam cargos estratégicos nos planejamentos e percebiam em face disso, altos salários.

Vaidosos, pedantes, espavoridos, inábeis, boçais, broncos, e caipiras, são esses os elementos que formam ou que constroem o perfil da grande maioria. Vagabundos, vadios, malandros, trapaceiros, erradios, que normalmente adoram ser bajulados em troca de submeterem os Estados e os municípios às trágicas condições de bancarroteados e esfacelados.

Ora, meus caros! Se nas atividades privadas todos (isenção apenas para os nossos banqueiros), respondem cível e criminalmente por seus atos perante os ditames da lei, por que essa pratica não funciona com os nossos governantes?!

Exemplos, a bem da verdade, não nos faltam do uso indevido dos gastos públicos. Carecemos sim, com urgência urgentíssima, da honra e coragem dos “cabeças de frente”, pela fiscalização severa e aplicação rígida das normas existentes. Ou a bagunça aí existente prevalecerá indefinidamente. 

De tantas omissões e conveniências, verdadeiras quadrilhas proliferam em todo o país para o desespero dos indefesos e desamparados contribuintes. Aliás, amadas e amados, eles, os simplórios e idiotas pagadores de impostos, não estão tão inânimes como querem dar a entender. Podem, caso queiram, apelar para o papa e, ainda assim, se forem dar um passeio em Roma. Para aqueles que não sabem, a Itália é logo ali.   
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. Do Rio de Janeiro RJ. 4-5-2017

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