O regime de Mahammoud
Ahmadinejad está cercado por conflitos internos.
Beatriz W. de Rittgstein
Nos últimos tempos temos
observado um aumento das tensões entre o Irã e vários países ocidentais.
Abundam acusações, ameaças e, diante de tal perspectiva, vêm surgindo um sem-
fim de especulações.
O Irã foi protagonista de
vários incidentes que afetaram o seu programa nuclear. A respeito tecem-se
conjecturas que vão desde ataques executados por forças externas, passando
pelos sinais de que a Guarda Revolucionária estaria atuando por ordens de
Jamenei – que tem arestas com o fascismo de Ahmadinejad – até as acusações
feitas a adversários do ‘movimento verde’.
Em função da férrea
confidencialidade do governo iraniano, qualquer tentativa de se avaliar o que
lá ocorre termina sempre em adivinhação. De fato, na base de fatos se podem
aventurar certos arrazoados. Alguns analistas supõem que os "verdes",
que passaram a atuar após a fraudulenta reeleição de Ahmadinejad, se converteram
num autêntico ‘movimento revolucionário’, com capacidade de sabotar; afirmam
que, desde o ano passado, as instalações do regime, como a dos integrantes da
Guarda Revolucionária, tenham sido objeto de "acidentes". Tem havido
um aumento de explosões em refinarias e oleodutos; e, no presente, o mesmo
acontece em instalações militares e nucleares.
Por outro lado, há analistas
que sustentam que os assaltos a prédios da representação diplomática britânica
no Irã, perpetrados por "estudantes" que parecem pertencer aos Basij,
foi organizado por leais a Jamenei, com o propósito de gerar problemas
internacionais para Ahmadinejad e sua turma.
Pelo visto, o regime de
Ahmadinejad está cercado por conflitos internos, tanto com os aiatolás como com
os oposicionistas "verdes"; isso agrava ainda mais a ameaça em que se
constitui o seu programa nuclear e míssil à segurança global.
Fica claro, pois, que o
ditador fascista do Irã lança mão da velha e surrada desculpa de culpar os
israelenses e os americanos por todos os seus males e desavenças internas. Não
é à toa que nunca esteve sendo tão considerada, pelas potências ocidentais, uma
intervenção militar no Irã como agora.
Título e Texto: Beatriz W. de Rittgstein para o
jornal venezuelano “El Universal” – Tradução de Francisco Vianna, 13-12-2011
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