quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Irã de hoje


O regime de Mahammoud Ahmadinejad está cercado por conflitos internos.


Beatriz W. de Rittgstein
Nos últimos tempos temos observado um aumento das tensões entre o Irã e vários países ocidentais. Abundam acusações, ameaças e, diante de tal perspectiva, vêm surgindo um sem- fim de especulações.
O Irã foi protagonista de vários incidentes que afetaram o seu programa nuclear. A respeito tecem-se conjecturas que vão desde ataques executados por forças externas, passando pelos sinais de que a Guarda Revolucionária estaria atuando por ordens de Jamenei – que tem arestas com o fascismo de Ahmadinejad – até as acusações feitas a adversários do ‘movimento verde’.
Em função da férrea confidencialidade do governo iraniano, qualquer tentativa de se avaliar o que lá ocorre termina sempre em adivinhação. De fato, na base de fatos se podem aventurar certos arrazoados. Alguns analistas supõem que os "verdes", que passaram a atuar após a fraudulenta reeleição de Ahmadinejad, se converteram num autêntico ‘movimento revolucionário’, com capacidade de sabotar; afirmam que, desde o ano passado, as instalações do regime, como a dos integrantes da Guarda Revolucionária, tenham sido objeto de "acidentes". Tem havido um aumento de explosões em refinarias e oleodutos; e, no presente, o mesmo acontece em instalações militares e nucleares.
Por outro lado, há analistas que sustentam que os assaltos a prédios da representação diplomática britânica no Irã, perpetrados por "estudantes" que parecem pertencer aos Basij, foi organizado por leais a Jamenei, com o propósito de gerar problemas internacionais para Ahmadinejad e sua turma.
Pelo visto, o regime de Ahmadinejad está cercado por conflitos internos, tanto com os aiatolás como com os oposicionistas "verdes"; isso agrava ainda mais a ameaça em que se constitui o seu programa nuclear e míssil à segurança global.
Fica claro, pois, que o ditador fascista do Irã lança mão da velha e surrada desculpa de culpar os israelenses e os americanos por todos os seus males e desavenças internas. Não é à toa que nunca esteve sendo tão considerada, pelas potências ocidentais, uma intervenção militar no Irã como agora.
Título e Texto: Beatriz W. de Rittgstein para o jornal venezuelano “El Universal” – Tradução de Francisco Vianna, 13-12-2011

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