Reynaldo Rocha
Assusta-me menos o fato
político do que a sociopatia de Lula da Silva.
O PT aliar-se a Maluf (o
próximo será Chalita), impor Humberto Costa no Recife, impedir legítimos
candidatos no RJ e ser garçon em Belo Horizonte não é mais novidade. Em rigor,
é mais do mesmo. Um partido que obedece fielmente à voz de comando do dono,
como cão amestrado. Que me desculpem os cães…
O PT que nasceu como
alternativa à política tradicional, agregando Igrejas, intelectualidade,
operariado e estudantes conseguiu o impensável: contaminar TODOS esses
segmentos sociais.
As Igrejas (de diversas denominações)
descobrem que o caminho das pedras no mar de lama é ter o profeta Lula como
guia. E dá-lhe concessões de TV, propagandas oficiais e acordos feitos em
templos.
Os intelectuais lutam para
defender o indefensável. Torturam argumentos, abusam de uma reputação que já
não têm na área acadêmica, se encastelam em Universidades públicas
transformadas em púlpitos para discursos sonolentos e embolorados.
O operariado renunciou às
lutas – e greves – para disputar cargos com as facas nos dentes. Repartem o
butim de impostos sindicais. Criam sindicatos fantasmas como um imenso
laranjal.
A UNE (ou UNEA) vive de roubos
identificados pelo Ministério Público – com projetos inexistentes na execução e
reais no aporte de dinheiro público – e da venda de carteiras de estudantes.
E ainda se multiplicam as
ONGS, instrumentos de roubos (não todas, claro) sequer imaginadas pelos aliados
de Lula, Sarney e Collor. Se pudessem prever o que arrecadariam essas
“organizações”, certamente teriam criado um sem número delas.
Não existe outra explicação
que não o ódio, inveja e sentimento de menos-valia. Doentio.
Acossado por delírios
persecutórios, elege como alvos Arthur Virgílio, Tasso Jeiressati, Marconi
Perrillo (mesmo tendo que mandar ao inferno o tatibitate do companheiro
Agnelo), FHC e José Serra.
Reduz as eleições de 2012 (que
ocorrem em 5.507 municípios!) a uma disputa paroquial na maior metrópole
brasileira. Com o objetivo único de derrotar José Serra e “desalojar os
tucanos” de São Paulo. Fica claro que não conseguirão.
Insisto: isto é menor frente
ao que Lula faz e como se mostra sem disfarces.
Está aliado aos mesmos que
definiu – corretamente – como ladrões e corruptos.
Pensávamos, à época, que era
por nojo ou desejo de mudanças. Não era. Era somente inveja: ele ainda não
dispunha de poderes para controlar cofres, iludir eleitores e ser também um
cínico de sucesso.
Já é.
Os fatos é que dizem.
É capaz de abraçar a quem o
acusou de tentar matar a própria filha, obrigando a ex-companheira a fazer um
aborto. Não só apertar-lhe a mão, mas solicitar apoio em nome da própria
popularidade.
Agora aperta a mão ágil do
mestre em usá-la para roubar o dinheiro público. Notadamente em território
paulistano, onde Lula pretende que o apoio do parceiro faça a diferença em
favor do candidato ungido pelo Imperador de São Bernardo.
E o faz sem sequer tapar o
nariz. Não se importa com o mau cheiro.
Humilha-se a ponto de puxar
uma comitiva em busca de apoio na residência do procurado pela polícia em todo
o mundo. Com mandado de prisão ainda válido.
E deixa-se fotografar ao lado
do meliante, que ainda encontra espaço para fazer um sinal de positivo, selando
a rendição do lulopetismo sem direito a apelações.
Maluf merece o PT. E este
merece Maluf. São feitos do mesmo barro.
Daqueles que são encontrados
nos fundos das fossas sanitárias em meio a excrementos.
Barro fétido e de nenhuma
utilidade. Contaminado. Não reciclável. Poluído. Podre.
Ao perder a vergonha e
promover acordos espúrios à luz do dia, no covil do ladrão e aos olhos da
imprensa, Lula atingiu o ápice. Da decadência.
Demonstrou o desprezo absoluto
que devota aos brasileiros com vergonha na cara e aos valores que defendem.
Drummond dizia que a Itabira
em que nasceu era somente uma foto na parede. E doía.
Esta foto sequer serve para
prontuário policial. Maluf já tem a própria nos arquivos da Interpol.
Serve, quando muito, para que
lulopetistas e milicianos sejam acionados para defender o indefensável.
Estes ao menos não renegam
ideias anteriores. Nunca tiveram.
E demonstra que as que Lula
dizia representar não passavam de mentiras oportunistas de quem jamais teve
apreço real pela ética.
Não é uma foto. É um quadro de
horror. E nojo.
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