O atual presidente, eleito em
circunstâncias duvidosas pela ditadura chavezista quase disfarçada, é um bom
discípulo dos Castros de Cuba.
Mesmo que o resultado final
dessa apropriação indébita do dinheiro das pessoas na Venezuela, fruto de uma
campanha de "saque controlado" e de cortes de preços obrigatórios,
sob ameaça de prisão, tenha enfurecido a população e deixado as prateleiras das
lojas vazias, o candidato a caudilho substituto de Hugo Chávez insiste nessa
manobra que só lhe proporciona uma recompensa direta e imediata, própria de
qualquer estratégia populista e demagoga, a de satisfazer os anseios e
necessidades de uma população extremamente empobrecida, ao repartir com ela o
que não é seu e nem do estado venezuelano, enganando o povo no curto prazo.
Na verdade, os objetivos de
longo prazo são ainda mais prejudiciaies para a economia do país e para o povo
venezuelano. A coisa toda consiste em fazer com que a vida do cidadão comum se
limite à satisfação de suas necessidades imediatas e imperiosas de adquirir
apenas o necessário para sobreviver, tal como, de há muito, ocorre em Cuba. Os
cubanos conhecem muito bem esta terrível situação: a de “conseguir obter” o de
hoje e o de amanhã ser pensado apenas amanhã.
Tamanha escassez de quase
tudo, e agora de disponibilidade de dinheiro também (quem tem o dinheiro não
pode dispor dele como queira), é um processo repressivo que tem como intenção
única a de perpetuar no poder um reduzido grupo (o politiburo socialista
‘bolivariano’) que se transforma num mecanismo de repressão que invade todas as
esferas da sociedade da forma mais impositiva, e sem ter que se deter em
supostos entraves de “objetivos sociais”, que no processo cubano já
desapareceram ou passaram a ocupar um segundo ou terceiro plano há muito tempo.
Ou seja, na Venezuela a gangue socialista no poder trata de retirar do povo
qualquer anseio ou vontade de reverter essa situação trágica, exatamente como
os Castros conseguiram fazer com o povo cubano.
Como disse, certa vez, um alto
funcionário do setor de “comportamento de segurança” de Fidel Castro, seu ídolo
havia declarado que “o governo chinês, na Praça da Paz Celestial, demonstrou
que sabia como reprimir o povo corretamente, e, portanto, era forçado à cumprir
aquela tarefa dolorosa e desagradável remover milhares de seus cidadãos de lá,
eliminando milhares deles”. Isso tem um efeito “positivo”, segundo os
socialistas, que é o de quebrar a vontade de retornar à produção e a geração de
riqueza, capitalistas. Além desse tipo de ‘repressão preventiva’, o regime
castrista tem se valido de outros meios para impedir que os cubanos se rebelem.
Um deles, utilizado por décadas, tem sido a produção de escassez, intencional
ou como simples consequência das funestas diretrizes do socialismo. Com a
falta, de desde alimentos até a de moradia ou automóvel, a escassez tem sido
utilizada, tanto para estimular a inveja e o ressentimento, como para ocupar
boa parte do dia-a-dia das pessoas em Cuba. Maduro, agora, começa a trilhar o
mesmo caminho.
Tal situação é o lugar-comum
onde desembocam a corrupção e o crime, que reinam há quase cinquenta anos como
fomento do processo revolucionário, em que pese o fato do povo venezuelano ser
amplamente conservador. A escassez age como uma força motivadora para o delito
e como camisa de força que impede o desenvolvimento que quaisquer outras
atividades produtivas e honestas. Trata-se mais de esclarecer as circunstâncias
em que o mal ocorre do que de justificá-lo como consequência inevitável. No
frigir dos ovos, uma análise marxista da crise econômica permanente que existe
em Cuba e agora se aprofunda na Venezuela não deve excluir o mercado negro, a
corrupção e o crime como importantes forças de um mercado informal, mas
poderoso.
Em Cuba, fica, pois,
apropriado falar de duas forças opostas ao governo de Havana. Há ainda outra
dissidência na ilha. Não são homens e mulheres valentes que desafiam o poder,
porque mal e mal sobrevivem do regime. Não gritam suas verdades, porque só
reconhecem como verdade as mentiras dos Castros. Sequer se movimentam nas
sombras, pois residem e vivem no engano. São, sim, os milhares de funcionários
menores – e alguns não tão menores assim – que há décadas anseiam por mudanças,
mas ao mesmo tempo têm sua vontade tolhida para consegui-las. Mas, um trabalho
de sapa é sistematicamente feito por eles, se bem que mais para seu benefício
pessoal do que por ideologia ou patriotismo, mas que prejudica o governo.
Na Venezuela está a ocorrer o
mesmo. As acusações de corrupção lançadas pelo chavezismo quase sempre são
seletivas e com claro objetivo político: o de desprestigiar a oposição.
O regime cubano sempre
empregou para a sua própria conveniência a distinção entre delito comum e
delito político. Houve época em que todos os presos comuns estavam no cárcere
por serem tachados de contrarrevolucionários, porque matar una galinha era uma
atividade contrária à segurança do país. Muitas vezes os opositores eram
acusados de vagabundos e delinquentes. Assim, a escassez também tem sido usada
para estimular a delação e disseminar a cizânia e a desconfiança, a partir da
ausência de um futuro sequer presumível para uma população manipulada, e como o
meio ideal para alimentar a fatalidade, e fazer com que a quase totalidade
cruze os braços à espera do ‘inevitável’.
Há que se acrescentar ainda
que, tanto em Havana como em Caracas, não bastam a ambos os regimes – em que o
último vai se tornando uma cópia do primeiro – castigar os independentes, mas
acima de tudo matar seu exemplo, arruinar seu prestigio. O empreendedorismo é o
inimigo a ser combatido por ser “antirrevolucionário”.
Os Venezuelanos, nesta triste
emulação, começam a ter suas vidas condicionadas ao princípio da escassez,
tanto econômica como política – e, portanto sociológica – da mesma forma como
foi imposto desde janeiro de 1959 à gente cubana. Passam a viver como presas da
corrupção sistêmica de qualquer politiburo socialismo – para o qual não existe
escassez alguma -- que mesmo detestando-a são levados a praticá-la de forma
vigorosa, por uma questão de sobrevivência.
Em Cuba, o regime castrista
tem conseguido como ninguém mais explorar a dicotomia da falta do essencial
para sobreviver e a corrupção, ambas agindo em resposta para consegui-lo e como
instrumentos de repressão. É uma penosa realidade que começa a se replicar
agora, literalmente, na Venezuela.
O Brasil é visto como a cereja
da torta e transformá-lo numa enorme infeliz Cuba, ou mesmo numa desgraçada
Venezuela gigante, tem sido o objetivo por trás dos socialistas tupiniquins sob
a égide do famigerado e perigoso Foro de São Paulo, uma instituição espúria e
clandestina criada por Fidel Castro e Lula da Silva, para estabelecer
diretrizes da esquerda socialista na América Latina. Seus próceres foram
guindados à condição de eminências pardas por trás das figuras incompetentes,
mas populistas e demagógicas, de Lula da Silva e de Dilma Roussef.
Se você não quer que isso
aconteça com o nosso país, lembre-se de usar seu voto para barrar o caminho do
PT e de sua base “alugada” nas próximas eleições. Caso contrário...
Título e Texto: Francisco Vianna, 10-12-2013
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