terça-feira, 19 de agosto de 2014

Casa da sogra

José Manuel
Entrevista de pré-candidato a uma eleição é, e de modo algum não pode deixar de ser considerada como uma peça de propaganda político-eleitoral.
Afinal, no momento de uma entrevista o candidato postulante a uma vaga, seja qual for, está se apresentando ao público, dizendo que é um candidato por tal e tal partido.
No caso de um presidente postulante a um segundo mandato, naquele momento deixa de ser o funcionário dos cidadãos para quem trabalha, para ser nada mais do que novamente um mero candidato.

Isto é pacífico e moral,  não havendo necessidade de que se procurem fatos que concordem  ou contestem, pois seria de uma enorme perda de tempo.

Entrevista ao JN, 18-08-2014, do Youtube
Agora, usar um próprio público, um palácio que pertence a todos os cidadãos da república, aí sim, nós temos que perder muito tempo e  questionar quem autorizou e porquê se usou e abusou de semelhante atitude.

Todos erraram, inclusive a emissora que se propôs a fazer as entrevistas, uma vez que as anteriores foram feitas em seu próprio estúdio, não deveria ter aceitado a condição de o fazer fora de sua área de atuação, e ao fazê-lo não merece o crédito que a concessão pública lhe outorga.

A presidente em exercício, valeu-se do cargo para exigir que a dita entrevista fosse feita onde ela determinou.
Isto sim é amoral, uma vez que essa entrevista foi feita em um próprio publico, ou melhor, na minha e na sua casa. Acredito que ninguém foi consultado, se podia ou não podia ter acontecido naquele lugar o ato em questão.
Isto é uma xerox, um retrato a cores do que se passa hoje no país, em que as instituições são usadas ao bel-prazer de pseudo mandantes, para auferir vantagens sejam elas financeiras como no caso dos mensalões da vida, seja no caso eleitoreiro, como o acima descrito.

Há que se dar um basta a esses casos de todo o tipo de improbidade, principalmente a administrativa, como está exemplarmente descrita abaixo:
Improbidade administrativa é o designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, que sob diversas formas, promove o desvirtuamento da administração pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica (estado de direito, democrático e republicano), revelando-se pela obtenção de vantagens patrimoniais indevidas às expensas do erário, pelo exercício nocivo das funções e empregos públicos, pelo tráfico de influência nas esferas da administração pública e pelo favorecimento de poucos em detrimento dos interesses da sociedade, mediante a concessão de obséquios e privilégios ilícitos.

As eleições estão aí para darmos um basta em tudo o que está errado e que certamente é muito por nossa culpa. Enquanto elas não chegam, nunca é tarde para recordar Maiakovski:

Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. 
E não dizemos nada…

Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 19-08-2014

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