Entrevista de pré-candidato a
uma eleição é, e de modo algum não pode deixar de ser considerada como uma peça
de propaganda político-eleitoral.
Afinal, no momento de uma
entrevista o candidato postulante a uma vaga, seja qual for, está se
apresentando ao público, dizendo que é um candidato por tal e tal partido.
No caso de um presidente
postulante a um segundo mandato, naquele momento deixa de ser o funcionário dos
cidadãos para quem trabalha, para ser nada mais do que novamente um mero
candidato.
Isto é pacífico e moral,
não havendo necessidade de que se procurem fatos que concordem ou
contestem, pois seria de uma enorme perda de tempo.
![]() |
Entrevista ao JN, 18-08-2014, do Youtube |
Agora, usar um próprio
público, um palácio que pertence a todos os cidadãos da república, aí sim,
nós temos que perder muito tempo e questionar quem autorizou e porquê se
usou e abusou de semelhante atitude.
Todos erraram, inclusive a
emissora que se propôs a fazer as entrevistas, uma vez que as anteriores foram
feitas em seu próprio estúdio, não deveria ter aceitado a condição de o fazer
fora de sua área de atuação, e ao fazê-lo não merece o crédito que a concessão
pública lhe outorga.
A presidente em exercício,
valeu-se do cargo para exigir que a dita entrevista fosse feita onde ela
determinou.
Isto sim é amoral, uma vez que
essa entrevista foi feita em um próprio publico, ou melhor, na minha e na sua
casa. Acredito que ninguém foi consultado, se podia ou não podia ter acontecido
naquele lugar o ato em questão.
Isto é uma xerox, um retrato a
cores do que se passa hoje no país, em que as instituições são usadas ao bel-prazer
de pseudo mandantes, para auferir vantagens sejam elas financeiras como no caso
dos mensalões da vida, seja no caso eleitoreiro, como o acima descrito.
Há que se dar um basta a esses
casos de todo o tipo de improbidade, principalmente a administrativa, como
está exemplarmente descrita abaixo:
Improbidade administrativa é
o designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, que sob
diversas formas, promove o desvirtuamento da administração pública e
afronta os princípios nucleares da ordem jurídica (estado de direito,
democrático e republicano), revelando-se pela obtenção de vantagens
patrimoniais indevidas às expensas do erário, pelo exercício nocivo das
funções e empregos públicos, pelo tráfico de influência nas esferas
da administração pública e pelo favorecimento de poucos em detrimento
dos interesses da sociedade, mediante a concessão de obséquios e privilégios
ilícitos.
As eleições estão aí para
darmos um basta em tudo o que está errado e que certamente é muito por nossa
culpa. Enquanto elas não chegam, nunca é tarde para recordar Maiakovski:
Na primeira noite eles se
aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada…
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig,
19-08-2014
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-