A agência de notícias Reuters
informou, neste último sábado, que o Ministro das Relações Exteriores da
Ucrânia, Pavlo Klimkin, pediu que a OTAN e a União Europeia ofereçam ajuda
militar às tropas ucranianas que lutam contra os separatistas pró-Rússia e disse
que a aliança militar ocidental precisa encontrar uma nova estratégia em
relação a Kiev.
O conflito no leste da Ucrânia
– uma das repúblicas da extinta União Soviética – já dura quatro meses e chegou
a uma fase considerada crítica por ambos os lados. Um líder separatista e,
portanto, considerado “traidor da pátria”, disse nesse mesmo sábado que os
“rebeldes” ucranianos estão recebendo novos equipamentos militares e
combatentes treinados na Rússia, e estão prestes a lançar uma contraofensiva às
forças do governo de Kiev.
Klimkin declarou a uma rádio
alemã que a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
precisam avaliar urgentemente o que podem e querem fazer caso as regras forem
quebradas, como parece ser o caso, e acrescentou que foi este exatamente o caso
quando a Rússia anexou parte do país – a península da Crimeia – ao seu
território, em março, sendo também o que ocorre de verdade em relação às ações
da Rússia em Donetsk e Luhansk, mais recentemente.
"Esta é realmente uma
questão muito difícil para a União Europeia e a OTAN e que consiste em decidir
o que elas podem e querem fazer se uma guerra já está praticamente em andamento
e fomentada na Europa por um país europeu?", disse o ministro numa
transcrição de entrevista que foi veiculada na mídia no domingo.
"Caso a UE e a OTAN
disserem que ‘não podem fazer muita coisa’, virá decerto à baila uma questão:
como continuarem a ser vistas como parceiras responsáveis"?
Perguntado se estava
oficialmente pedindo apoio militar da UE e da OTAN, Klimkin respondeu:
"Claro que sim. Nós precisamos de ajuda militar porque se recebermos esta
ajuda será mais factível para nossas tropas em terra defenderem a soberania
territorial da Ucrânia". Disse, ainda, que o seu país enfrenta uma
situação econômica difícil e que, por isso, precisa de ajuda agora, mas que
esta ajuda seria ressarcida posteriormente.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 19-08-2014
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