terça-feira, 19 de agosto de 2014

Ministro da Ucrânia pede ajuda militar da OTAN e da União Europeia

Francisco Vianna
A agência de notícias Reuters informou, neste último sábado, que o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Pavlo Klimkin, pediu que a OTAN e a União Europeia ofereçam ajuda militar às tropas ucranianas que lutam contra os separatistas pró-Rússia e disse que a aliança militar ocidental precisa encontrar uma nova estratégia em relação a Kiev.

O conflito no leste da Ucrânia – uma das repúblicas da extinta União Soviética – já dura quatro meses e chegou a uma fase considerada crítica por ambos os lados. Um líder separatista e, portanto, considerado “traidor da pátria”, disse nesse mesmo sábado que os “rebeldes” ucranianos estão recebendo novos equipamentos militares e combatentes treinados na Rússia, e estão prestes a lançar uma contraofensiva às forças do governo de Kiev.

Barricada armada por separatistas ucranianos nas estradas que dão acesso a Donetsk e Luhansk. Ambas as cidades estão prestes a ser maciçamente atacadas por forças ucranianas de Kiev. Pedem a saída dos seus habitantes. Foto: AFP

Klimkin declarou a uma rádio alemã que a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) precisam avaliar urgentemente o que podem e querem fazer caso as regras forem quebradas, como parece ser o caso, e acrescentou que foi este exatamente o caso quando a Rússia anexou parte do país – a península da Crimeia – ao seu território, em março, sendo também o que ocorre de verdade em relação às ações da Rússia em Donetsk e Luhansk, mais recentemente.

"Esta é realmente uma questão muito difícil para a União Europeia e a OTAN e que consiste em decidir o que elas podem e querem fazer se uma guerra já está praticamente em andamento e fomentada na Europa por um país europeu?", disse o ministro numa transcrição de entrevista que foi veiculada na mídia no domingo.

"Caso a UE e a OTAN disserem que ‘não podem fazer muita coisa’, virá decerto à baila uma questão: como continuarem a ser vistas como parceiras responsáveis"?

Perguntado se estava oficialmente pedindo apoio militar da UE e da OTAN, Klimkin respondeu: "Claro que sim. Nós precisamos de ajuda militar porque se recebermos esta ajuda será mais factível para nossas tropas em terra defenderem a soberania territorial da Ucrânia". Disse, ainda, que o seu país enfrenta uma situação econômica difícil e que, por isso, precisa de ajuda agora, mas que esta ajuda seria ressarcida posteriormente.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia internacional), 19-08-2014

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