quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Uma aula de assertividade: Pat Condell coloca os esquerdistas anti-Israel em seu devido lugar

Luciano Henrique


Falarei algo novamente para que não restem problemas de entendimento: admiro o template do neo-ateísmo, embora não concorde com as conclusões deles em relação à religião tradicional. Ponto.

Se alguém vier reclamar dos argumentos ruins de Richard Dawkins contra a religião ou algumas besteiras de Daniel Dennett no uso dos memes, saiba que isso não tem nada a ver com o template de que falei, mas com as conclusões equivocadas. Das quais, como já disse, eu discordo.

Enfim, o que traz esse template?
Antes de vermos um vídeo onde o neo-ateu Pat Condell desanca a diatribe anti-Israel, temos, só para citar alguns componentes:

  •         Ausência de respeito injustificado
  •         Crítica a um oponente por sua postura moral abjeta
  •         Crítica à forma como esse oponente, de forma injustificada, não aceita críticas
  •          Capacidade de demonstrar indignação com algo indigno
  •         Sub-comunicação de que algo precisa ser feito contra isso... urgente

Quer dizer, estamos diante de uma fórmula competente para se combater um adversário político. Este template, a meu ver, deveria ser utilizado para nos referirmos à esquerda como um todo. Especialmente quando agimos contra a extrema-esquerda. O neo-iluminismo, meu paradigma “de direita’, é basicamente uma reconstrução do template neo-ateu para o tratamento da religião política. Não é nada mais que o fim do bom-mocismo de direita. Tudo sem negarmos o óbvio ululante: estamos moralmente e logicamente justificados a tratá-los assim, pois falamos de defensores de genocídios, censura e barbarismo em diversos graus. Se isso não é válido para os esquerdistas “benignos”, ou moderados, ao menos é válido para os esquerdistas retintos, que são a absoluta maioria deles.

Não há mais espaço para falarmos “nossa, que coisa” ou “chato isso, né”. Isso é uma mistura de complacência, conivência e até cumplicidade involuntária. Também não há mais espaço para derrotismo. A postura capaz de vencer a guerra política deve ser capaz de sub-comunicar ao público o quão importante é impor rejeição social ao seu adversário político, especialmente quando ele está abaixo da crítica moral.

Para tornar tudo mais prático, como isso funciona? Simples: assim como já vimos o podcast de Sam Harris (outro neo-ateu que falou brilhantemente contra o Hamas), veja um vídeo onde Pat Condell mostra toda a hipocrisia da esquerda sobre a questão de Gaza, sem esquecer de ativar as legendas:


A lição a ser aprendida: a mesma assertividade usada por Harris e Condell contra a turma anti-Israel deve ser usada diante de militantes LGBT, do MST, de radicais feministas e de quaisquer outros que venham propagar discurso de ódio na defesa de totalitarismos. Em suma, toda a extrema-esquerda.

Tudo bem que ele comete um equívoco de frame ao dar o rótulo “progressista” ao inimigo. Eu jamais os chamaria deste jeito. São esquerdistas e pronto! Nunca chamarei um esquerdista por um rótulo propagandístico tão auto-atribuído por eles quanto falso. Mas de resto, Condell coloca o dedo na ferida acertadamente.

E você, está pronto para tratar os esquerdistas com esse mesmo tipo de assertividade? Não estou pedindo que você tenha a mesma desenvoltura, pois para isso é preciso de experiência. O que estou falado é sobre a assertividade, a ser percebida na postura, na determinação, na sub-comunicação e, enfim, no escracho sobre o oponente.

Pois bem. Se essa assertividade for usada em larga escala contra eles aí sim venceremos várias batalhas e guerras no escopo da guerra política.
Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 07-08-2014

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