José Manuel
Paulo de Tarso, quadro de Diego Velásquez |
Paulo, o de Tarso, é
considerado o maior apóstolo do Cristianismo em todas as eras.
Mas nem sempre foi assim, pois
Paulo a serviço de Caifás o temido sacerdote de Jerusalém ao tempo de Jesus,
foi um dos seus milicianos mais ferrenhos, caçando cristãos e gentios
convertidos, sem dó nem piedade.
Então, como pode ter sido um
apóstolo de tão grande magnitude?
Os relatos orais e escritos da
Bíblia o livro santo em seu novo testamento, dão conta de que Paulo de Tarso
quando se dirigia a Damasco em mais uma de suas incursões de limpeza religiosa,
teve uma Epifânia ao receber a visão de Jesus Cristo ressuscitado, ficando cego
por três dias. Esse relato ocorre e se situa entre os anos de 31 a 36 d.C.
A conversão de Paulo mudou
radicalmente suas atividades, acabando por transformar toda a bacia
mediterrânea, como novo missionário em centros da nova religião Cristã que
surgia.
A sua liderança, influência e
legado levaram à formação de comunidades antes dominadas por gentios que
adoravam o Deus de Israel, e que abandonaram o ritual e as obrigações
alimentares da lei Mosaica, passando a crer em Jesus e o seu novo testamento,
fundamentados na morte e ressurreição de Cristo.
Paulo de Tarso, nunca foi um
grande escritor de textos, como por exemplo os apóstolos cânones, responsáveis
pelos evangelhos que chegaram até nós como legítimos e atribuídos a Mateus,
Marcos, Lucas e João.
Não, a Paulo são atribuídas
sete epístolas (cartas) em que ele se dirigia às comunidades por ele
evangelizadas, quando tomava conhecimento de divisões em facções ou condutas
dissolutas, e são por ordem Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas,
Filipenses, 1 Tessalonicenses e Filemon.
Paulo, não pretendia ser um
historiador dos acontecimentos do fim do século I, expondo tradições cristãs
confusas.
Era simplesmente uma
testemunha ocular de uma saga e um emissário do Jesus ressuscitado, uma pessoa
diretamente envolvida na fundação do cristianismo.
Sem em absoluto querer
misturar religião ou simplesmente filosofar, não posso deixar de me reportar a
um outro Paulo que conheço e que também faz parte de uma outra saga da qual
faço parte, Paulo o Resende.
É claro que comparações são
inevitáveis quando passamos a rever toda a nossa saga ao longo de nove anos.
Também entre nós houve os que
escreveram textos e mais textos, como os apóstolos relatando uma história de
iniquidades cometidas contra seres humanos.
Mas ao longo desses nove anos,
pude perceber o quanto Paulo o Resende era diferente em sua missão de "evangelizar"
aqueles que nos prejudicam.
Tenho a certeza que assim como
na estrada de Damasco, Paulo o Resende em suas infindáveis viagens pelo mundo,
como o outro, em algum lugar também teve a sua Epifânia e viu Jesus Cristo.
Isso se pode comprovar em
todas as suas cartas (epístolas), quando ao término sempre deseja que todos
"fiquem na paz do Senhor".
Assim como Paulo o de Tarso,
Paulo o Resende é simplesmente uma testemunha ocular de uma saga, também por
ele percorrida e cada vez mais me inclino a acreditar que Jesus Cristo o tenha
colocado entre nós.
Muito para lá de simplesmente
uma testemunha ocular, seu acervo histórico filmado e fotografado, faz dele uma
testemunha ímpar de uma saga ainda não terminada. Suas epístolas (cartas) ao
Judiciário, a parlamentares, a membros do governo envolvidos com a nossa causa
são ímpares, fazendo dele um dos maiores apóstolos modernos, no resgate de uma
tragédia social.
Deveríamos todos fazer um
exame de consciência e rever nossas considerações sobre como agir daqui para a
frente. Ele está aqui entre nós e recebeu a missão de nos mostrar como proceder
e acima de tudo como nos comportarmos na cobrança veemente de um bem maior que
nos pertence: a nossa vida.
Título e Texto: José Manuel, 9-6-2015
Em respeito ao nosso "apóstolo"
Paulo Resende e dedicado a todos que fazem parte do Aerus
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