Gabriel Silva
2006 – Evo Morales é eleito
presidente da Bolívia
2008 – Evo Morales consegue
uma revisão da Constituição pela qual s presidente passa a ter mandato de 5
anos e pode ser reeleito. É expressamente indicado que o seu mandato seria
considerado o primeiro para efeitos de reeleição.
2009 – Evo Morales alega que
como a Constituição cria um novo país, uma refundação, os mandatos
presidenciais começam do zero.
2010 e 2014 – Evo Morales é
reeleito
2016 – Referendo para que
deixasse de haver limitação no número de mandatos consecutivos do Presidente.
Proposta é chumbada pelo povo.
2017 – Evo Morales recorre
para o Tribunal Constitucional alegando que a limitação de mandatos é uma
violação dos seus direitos humanos. Tribunal Constitucional aprova.
2019 – Evo Morales é novamente
candidato. Quando estão contados 83% dos votos, EM encontra-se um primeiro
lugar, mas com uma margem inferior aos 10% necessários para ser declarado
vencedor na primeira volta. Contagem é interrompida sem ser apontada qualquer
razão. No dia seguinte a contagem é retomada com 95% dos escrutínios apurados e
Evo Morales tem uma vantagem superior aos 10%.
Declarou-se vencedor.
Início da contestação por
parte da oposição e por parte de grande parte da população com milhões nas
ruas. Crescente contestação levou forças policiais a abandonarem seguir o
governo com receio de terem ordens para atacar população e recusam-se a
obedecer. Manifestações populares diárias de centenas de milhar de cidadãos.
Evo Morales aceita
intermediação da Organização de Estados Americanos – OEA para a realização de
uma Auditoria ao processo eleitoral. Relatório de Auditoria revela que houve
fraude eleitoral generalizada e recomenda anulação das eleições marcação de
novas quando for assegurada independência do Tribunal Eleitoral. Evo Morales
aceita as conclusões e anuncia repetição das eleições e nomeação de novos
membros para tribunal eleitoral. Contestação prossegue. Procurador Geral da
República anuncia inquérito às fraudes eleitorais e manda deter presidente e
vice-presidente do tribunal eleitoral.
Chefe das Forças Armadas afirma ser melhor o presidente afastar-se para
ultrapassar crise política.
De forma concertada, Evo
Morales, o seu vice-presidente, o presidente do Senado (3º na linha sucessória)
e o presidente do Congresso ((4ª), todos do partido de Evo Morales, demitem-se.
Em princípio a presidência interina será assegurada pela 2ª vice-presidente do
Senado, Jeanine Ãnez.
Título, Imagem e Texto:
Gabriel Silva, Blasfémias,
11-11-2019
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