Pedro Ivo de Oliveira
A ministra das Mulheres,
Direitos Humanos e da Família, Damares Alves [foto], assinou hoje (20), dia da
Consciência Negra, termo que garante a propriedade de terras contestadas
judicialmente a 628 famílias quilombolas. As terras ficam na região Nordeste,
nos estados do Ceará e da Paraíba.
Foto: Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
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O termo, que indeniza
proprietários legais de terras em que estão instalados os quilombos, é de R$
1,9 milhão - verba que vem do Fundo de Titulação de Terras do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O economista Geraldo José
Filho, atual presidente do órgão, também assinou a titulação.
“Trabalhamos pela dignidade e
pelo direito real de posse das terras dos povos tradicionais. As ações ainda
dependem do orçamento, mas o trabalho será feito. O papel do governo é arrumar
a solução”, explicou o presidente durante a assinatura.
Dia da Consciência Negra
Damares aproveitou a
assinatura da titulação para relembrar datas importantes para os direitos
humanos. “Completamos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos da Criança,
30 anos da assinatura da Convenção [sobre os Direitos da Criança], dia da
Consciência Negra, e acabamos de assinar contratos que ampliam o Fundo dos
Idosos. Eu gostaria de pedir que o Brasil parasse hoje para refletir. É onde
queremos chegar? Nunca. Ainda estamos distantes da igualdade racial. Mas
faremos o melhor trabalho”.
A ministra disse ainda que
considera o debate de igualdade racial uma prioridade dentro do ministério.
“Não perderemos nenhuma oportunidade de falar sobre igualdade racial. Não
perderemos uma oportunidade de discutir o fim do racismo no país. Isso [o
racismo] dói na alma”, afirmou Damares.
Título e Texto: Pedro Ivo
de Oliveira; Edição: Aline Leal – Agência Brasil, 20-11-2019, 19h35
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