Parcerias privadas e otimização de gastos
compensam restrições na área
Pedro Peduzzi
O secretário executivo do
Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, disse hoje (18) que a pasta tem
conseguido driblar as restrições orçamentárias por meio de parcerias com o
setor privado e pela otimização de recursos públicos. A afirmação foi feita
após a veiculação de notícias pela imprensa que apontam queda nos investimentos
públicos feitos no setor.
De acordo com o jornal Folha
de S. Paulo, os investimentos na construção e recuperação de rodovias
feitos entre janeiro e outubro deste ano registraram o menor patamar desde
2014. “Essas matérias disseram que os investimentos diminuíram. O que acontece,
na verdade, é que temos feito mais com menos”, disse Sampaio hoje durante a
abertura do 1º Simpósio Internacional Brasil Ferroviário, em Brasília.
“De fato passamos por uma
restrição orçamentária muito grande, mas o governo tem investido muito nas
parcerias com o setor privado. Quando se compara o investimento privado com o
dos outros anos, tem-se um investimento pujante”, disse Sampaio à Agência
Brasil, ao deixar o local.
Segundo o ministério, a
solução adotada para a restrição orçamentária foi a otimização dos recursos
públicos, tendo por base três premissas: obras estratégicas, em função do seu
impacto social e econômico; obras em andamento e que, portanto, precisam ser
concluídas; e obras com necessidade de manutenção.
“Hoje, a visão de investimento
em infraestrutura não está vinculada a apenas ao que o setor público está
investindo, mas ao que o setor misto, público e privado investem. E essa
parceria traz um crescimento muito grande nos investimentos dentro do país.
Quando olhamos o investimento público, vemos uma eficiência maior, pela
dinâmica que temos junto aos órgãos vinculados ao ministério. Além disso, a
gente tem mais entregas do que nos anos anteriores, em especial no setor
rodoviário e ferroviário”, argumentou o secretário.
Dessa forma, a pasta buscou
transferir o máximo de ativos para a iniciativa privada, para que os
investimentos necessários sejam feitos de forma mais rápida. Neste ano, já
foram concedidos 27 empreendimentos de infraestrutura, entre portos, aeroportos,
ferrovias e rodovias. Até 2022, serão concedidos ativos que vão atrair R$ 217
bilhões em investimentos privados nas próximas três décadas, informou a
assessoria do ministério.
Segundo a pasta da
Infraestrutura, 27 leilões foram realizados neste ano, o que deverá resultar em
um montante de R$ 9,4 bilhões em investimentos e em R$ 5,8 bilhões apenas com
outorgas.
Título e Texto: Pedro
Peduzzi; Edição: Nádia Franco – Agência Brasil, 18-11-2019, 16h34
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