Ao contrário da esmagadora
maioria dos meus colegas de comentário, confesso que não sou um especialista em
política boliviana. Mas também confesso que sei duas ou três coisas sobre
raciocínio básico.
E o meu raciocínio é este: Evo
Morales venceu as eleições em circunstâncias suspeitas: uma auditoria da
Organização de Estados Americanos encontrou fraude em larga escala na votação
eletrônica; o povo não gostou e saiu
para as ruas; o exército, para evitar o caos, indicou ao senhor Morales
a porta de saída; o senhor Morales aceitou.
Perante estes factos, que
ninguém seriamente contesta, não sei muito bem como é possível falar de “golpe
de Estado” na Bolívia, sem referir a roubalheira eleitoral de Evo Morales e
seus muchachos.
Mas sei muito bem que tipo de ética
move o comentário “independente” que medra por aí: é aquela ética imunda e
viscosa que nunca perde uma oportunidade para defender os seus déspotas.
Texto: João Pereira Coutinho, SÁBADO, nº 811, de 11 a 20 de novembro de 2019
Texto: João Pereira Coutinho, SÁBADO, nº 811, de 11 a 20 de novembro de 2019
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-