Anualmente, 50 mil pessoas participam das
missas e celebrações
Ana Cristina Campos
Fiéis se reúnem desde cedo para
receber a tradicional benção dos capuchinhos, no Santuário Basílica de São
Sebastião, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. A primeira missa foi
celebrada às 5h de hoje, seguida de celebrações de hora em hora. A última missa
ocorrerá às 19h.
Ao final de cada missa, os
fiéis podem receber as bênçãos com aspersão de água benta feita pelos frades.
Durante todo o dia haverá a distribuição de garrafinhas com água benta.
A bênção dos capuchinhos,
também conhecida como bênção dos barbadinhos - como os freis capuchinhos eram
conhecidos no passado por causa da barba -, concedida na primeira sexta-feira
de cada ano, é considerada, desde 2014, Patrimônio Cultural Carioca, junto com
a procissão da festa de São Sebastião, no dia 20 de janeiro.
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil |
Segundo a história, a tradição
começou em 1886, quando frei Fidélis de Ávola, fervoroso devoto de Nossa
Senhora de Lourdes, curado de uma grave enfermidade com água benta, mandou
construir uma gruta dedicada à santa, ao lado da Igreja de São Sebastião,
localizada no extinto Morro do Castelo, no centro do Rio. Desde essa época, os
freis franciscanos capuchinhos passaram a dar a bênção sempre na primeira
sexta-feira de cada mês.
Com a demolição do Morro do
Castelo, a igreja foi transferida para a Rua Haddock Lobo, na Tijuca, em 1931.
A bênção passou a ser dada na agora Basílica de São Sebastião.
Segundo o frei Jorge Luiz de
Oliveira, quase 50 mil pessoas participam da benção ao longo desta primeira
sexta-feira. “As pessoas vêm agradecer a Deus as graças recebidas, vêm pedir
saúde, paz, força, coragem para começar bem o ano e iniciar, assim, a caminhada
de mais um ano que o Senhor nos dá a graça de podermos viver”, disse.
O militar da Marinha Bruno
Barbosa, de 37 anos, esteve na igreja acompanhado da esposa, da mãe e dos três
filhos. Ele contou que sempre que está no Rio participa da missa. “É importante
a gente manter a tradição que remonta ao século 19. A gente vem sempre pedir
tranquilidade, paz e saúde para o ano que se inicia”, disse.
A dona de casa Jovenita de Souza
Barboza, de 74 anos, disse que assiste à missa há mais de 40 anos. Ela contou
que sempre traz parentes e amigos. Desta vez, estava acompanhada da cunhada e
de uma amiga. “Eu sempre trago alguém. Se para mim foi bom, acho que para
outros vai ser também”, afirmou.
Título e Texto: Ana Cristina
Campos; Edição: Carolina Gonçalves – Agência
Brasil, 3-1-2019, 12h30
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