As mídias pesadas (principalmente as TVs) que dão mais
ênfase às notícias diárias, nesta época de pandemia estão reservando 20% para
variedades, 30% anunciando as mortes acumuladas pelo Covid-19 (entrevistas com
recuperados, quase zero) e 50% para debates políticos (o menos importante no
momento).
Neste tema, o procedimento básico é: convidar um político
qualquer (até aposentado que nada fez em suas gestões passadas) que seja
adversário do governo federal e outro que seja alinhado com este.
O mediador (apresentador do programa) raramente solicita que
ambos apresentem ideias úteis que possam ser adotadas para combater a epidemia
e/ou ajudar na recuperação da economia propositalmente esfacelada. Nem como
estabelecer processos que garantam a eficácia do uso dos recursos destinados a
este combate.
O mediador procura esticar uma pauta abordando eventuais
falhas em algumas etapas de um processo pelo qual nunca passamos para acirrar
os ânimos entre os “oponentes”. E aí perdemos horas úteis derivando entre
discutir se uma fala de uma reunião governamental pode provocar uma “revolução
armada” ou se as passeatas (entre torcidas de futebol) programadas para a
próxima semana devem ser realizadas numa avenida ou ao longo de uma praia.
Melhor seria na porta de algum presídio. E para fechar com “chave de ouro”
terminam os debates querendo saber sobre o futuro das eleições que só
interessam aos parasitas que desejam meter as mãos no fundo eleitoral.
E o povo “extasiado” pelo aquecimento do debate, não sente o
desperdício de tempo que daria à mídia, a oportunidade de exercer um papel
preponderante a favor da sociedade, apenas realçando três assuntos básicos:
1) Duas visitas
diárias (mínimo de 30 minutos por vez) aos “hospitais de campanha” para
conferir se os valentes profissionais da saúde estão bem protegidos e se as
estruturas estão adequadas para os internados. Acoplar falas de enfermeiros que
vivenciam o caos diário.
2) Duas vezes por dia
(mínimo de 1 hora por vez), relatar sobre novos escândalos de desvios de verbas
e como os processos mais antigos estão sendo conduzidos.
3) Duas visitas
diárias (mínimo de 15 minutos por vez) em shoppings e assemelhados para
conferir se os protocolos estão adequados e sendo seguidos por comerciantes e
clientes. Enriquecidos por depoimentos dos que transitam nestas áreas, ao invés
de burocratas de gabinetes.
Aposto que a audiência de um canal que se proponha a adotar
esta conduta será triplicada em dois dias.
Título e Texto: Haroldo Barboza, 15-6-2020
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