segunda-feira, 12 de outubro de 2020

[Foco no fosso] A vacina “mágica”

Haroldo Barboza 

Quando o número de habitantes da Terra atingiu 2 bilhões (teria sido no início do século XX?), a entidade internacional que congregava os países civilizados (a ONU surgiu em 1945) deveria ter ligado o alerta amarelo no sentido de orientar cada país quanto aos riscos que tal crescimento descontrolado poderia causar ao planeta e aos seus habitantes após 80 ou 90 anos. A saturação está prevista para 12 bi. Com a atual velocidade de reprodução, estima-se que faltam menos de 50 anos. 

Não temos registros se tal alerta foi divulgado. Caso tenha sido, provavelmente os dirigentes de cada nação devem tê-lo escondido, pois para eles, quanto mais gente estúpida (sem ensinamentos) existir, pagando impostos sem reclamar, mais fácil tentar imortalizar suas diretrizes e obter “reeleições” sucessivas através de engodos que servem como paliativos aos problemas que afligem povos que crescem sem estrutura adequada. Mal comparando, imaginem um restaurante com 150 lugares que se torna famoso por uma iguaria qualquer e na semana seguinte, está lotado com mais de 200 em mesas extras. Com certeza não darão um bom atendimento a nenhum deles e acabarão perdendo os clientes iniciais que valorizavam o conforto, além do bom refogado. 

Enquanto não descobrirmos no espaço sideral uma nova fonte de recursos para nos mantermos vivos e com algum conforto, temos o dever, pela necessidade de sobrevivência, de usar e reciclar em tempo correto os recursos que não são infinitos. Prática que não vem sendo executada corretamente pelos responsáveis pelas devastações sem regras das fontes de energia do planeta. 

Se na época citada acima, existisse a honesta preocupação com o bem-estar de todos, teria sido aplicada uma fórmula (cheguei a bolar uma) no sentido de se efetuar um planejamento familiar com o qual teríamos intimidade após comprovar sua eficácia depois de 5 anos de uso. Tudo é uma questão de adaptação gradativa. 

Com esta prática, hoje não estaríamos com quase 8 bilhões de habitantes se amontoando em centros urbanos que não possuem meios (espaço e tempo, mesmo tendo dinheiro) para absorver um crescimento exponencial de pessoas. 

Além de alimentos, faltam postos de trabalhos para dar dignidade às famílias. 

Se existem filas para transplante de corações, rins e fígados e compra da casa própria, também pode existir fila para procriação além da cota. Inclusive, com um controle de natalidade adequado, as filas anteriores tenderiam a zero. Claro que no Brasil, através do suborno, muita gente tentaria furá-la. 

O país que superasse tal valor (causando prejuízo aos demais) seria sancionado economicamente. 

Por enquanto “eles” (da turma do Bilderberg) vinham controlando o número de habitantes através das “guerrinhas” localizadas que também são criadas para baixar os estoques de armas letais. 

E por acaso (ou foi programado?) eis que surgiu o covid-19 para ceifar vidas a esmo entre os que não podem viver em “bolhas” com 99% de proteção. 

Além de suprimir vidas que gerariam outras, adiaram casamentos que geram novas bocas famintas pela falta de alimentos que vem crescendo, também pelo desmatamento a favor das edificações e da extinção de espécies de plantas e animais úteis à cadeia alimentar. 

E de quebra, com a venda do sonho da vacina “mágica” em menos de um ano, irão arrecadar fortunas até que a verdadeira exiba resultados concretos. Neste momento a covid-19 será colocada na prateleira para maturar ao lado de outras letais enfermidades que ajudam a retardar o inchaço doentio do planeta. 

Nossa sociedade é um colosso. Sobrevive no fundo do poço. 

Título e Texto: Haroldo P. Barboza, 12-10-2020

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