Campanha ''Cerol Mata'' aconteceu na manhã deste domingo (13) e reuniu cerca de 300 motoqueiros, com auxílio da Guarda Municipal
Raphael Fernandes
Reunindo aproximadamente 300 motociclistas, foi realizada na manhã deste domingo (13), na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, a campanha ”Cerol Mata”, que contou com o apoio da Guarda Municipal. Os organizadores do projeto pedem a criminalização do uso do cerol e da linha chilena nas pipas em todo o país. A mobilização ocorreu simultaneamente em outras 27 cidades de diferentes estados.
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Foto: Marcelo Piu/Prefeitura do Rio |
Ao todo, 32 agentes do
Grupamento de Guardas Motociclistas (GGM) e do Grupamento Especial de Trânsito
(GET) atuaram no apoio operacional ao evento desde a concentração das motos, na
sede da Guarda Municipal, em São Cristóvão, na Zona Norte. Do total de agentes,
25 são motociclistas e efetuaram o balizamento seguro do trânsito durante todo
o percurso do comboio, que seguiu para a Avenida Atlântica, onde ocorreu ato
simbólico com pipas pretas em memória das vítimas na altura do Posto 5.
Vale ressaltar que no
município do Rio é proibido o uso e a comercialização das linhas chilena
(composta de quartzo e óxido de alumínio), de cerol (mistura de pó de vidro com
cola de madeira) ou de outros materiais cortantes em pipas.
”Essa campanha é muito
importante para alertar a população sobre o perigo dessas linhas cortantes, que
podem causar a morte. No patrulhamento de rotina, o guarda municipal apreende
quando flagra esse tipo de produto sendo utilizado ilegalmente nas pipas”,
disse o comandante da Guarda Municipal, inspetor geral José Ricardo Soares.
Idealizada por Leo Ferreira em
2014, a campanha busca soluções para acabar com o uso e a venda dos produtos na
cidade e já conseguiu influenciar na aprovação de duas leis estaduais e uma
municipal, que instituiu 14 de dezembro como Dia da Campanha Cerol Mata. A lei
nº 8.478 prevê multa de R$ 342,11 pela compra, uso, porte ou posse dos
materiais. A legislação anterior punia apenas o comerciante e o fabricante do
cerol.
”O cerol tem mutilado
pessoas, ceifado vidas de crianças, idosos, pássaros, motociclistas e
ciclistas. Queremos que a sociedade entre nessa luta conosco para dar um basta
no cerol e na linha chilena. Não podemos permitir que uma suposta brincadeira
de pipas tire a vida das pessoas”, afirmou Oleglier de Andrade, coordenador
da campanha.
Título e Texto: Raphael
Fernandes, Diário
do Rio, 13-12-2020
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