Haroldo Barboza
Se efetuarmos uma enquete
entre nossos 80, 150, 275 conhecidos cotidianos (vizinhos, grupos virtuais,
prestadores de serviço, colegas de clube etc.) para perguntar-lhes sobre a
variação de seus salários ao longo de 2020, mais de 90% devem responder que
houve uma queda entre 30% e 60%. Os menos sofridos, dirão que conseguiram
manter os ganhos intactos (se bem que os custos aumentaram) e os mais
afortunados, conseguiram um “elevado” reajuste de 4%!
Agora pasmem. Na calada
(da noite?) da confusão tradicional das compras natalinas, onde mais de 90% da
população está em busca de “lembrancinhas” para ofertar a seus amigos, eis que
a “laboriosa” classe política da capital São Paulo decide por aumentar seus
salários em mais de 45%.
Algum estrangeiro poderá
pensar que esta turma mereceu este reajuste porque abriu mão de suas férias, de
seus “benefícios” e de suas mordomias para elaborar (e executar) planos para
melhorias nas áreas sociais carentes desde a implantação da República.
Mal sabem eles que esta
vergonha inexplicável segue a reboque do “pico” do covid, logo após desvios de
compras de respiradores, verbas para hospitais fantasmas, medicamentos vencidos
e assemelhados.
Pelo efeito cascata, o gasto deste desatino será pago (como sempre) com alto sacrifício da população exaurida e sem liderança. E logo outros municípios, observando a “indignação” dos eleitores, votarão algo de teor similar para seus “valorosos” defensores públicos locais.
Ouvimos dizer que a galera
está organizando um ato de protesto contra esta barbaridade. Com ou sem
autorização, os blocos sairão desfilando pelas ruas sem máscaras carnavalescas
(e sem vacinas) em fevereiro de 2021.
O enfeite principal da
fantasia, será o nariz de palhaço.
Título e Texto: Haroldo Barboza, 25-12-2020
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Quem vai ganhar o desfile?
A ganância não tem limites
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