A imunização da população em geral, entretanto, deve iniciar cerca de quatro meses depois do término dos grupos prioritários
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello [foto], disse, durante entrevista à TV Brasil, que todos os estados receberão a vacina simultaneamente. “Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída igualitariamente dentro da proporcionalidade dos estados”, afirmou. A entrevista vai ao ar neste domingo, 27, às 19h30, no programa Brasil em Pauta.
Foto: Najara Araújo |
Segundo a Agência
Brasil, a previsão do Ministério da Saúde é que 24,7 milhões de doses de
vacinas estejam disponíveis em janeiro. “O cronograma de distribuição e
imunização é um anexo do nosso plano de imunização”, disse Pazuello, ao
acrescentar que o cronograma pode sofrer mudanças. “Você faz a previsão quando
contrata, mas às vezes adianta, às vezes atrasa, e a gente vai atualizando esse
cronograma”.
A expectativa de Pazuello é
que alguns grupos prioritários comecem a receber a primeira dose da vacina
contra a covid-19 no fim de janeiro. A vacinação em massa dos grupos de risco
deve começar a partir de fevereiro. A imunização da população em geral,
entretanto, só vai iniciar cerca de quatro meses depois do término dos grupos
prioritários.
“São quatro grandes grupos prioritários e, após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30 dias para cada um, começaremos a vacinar a população dentro das faixas etárias”, disse Pazuello. Segundo o ministro, esses 30 dias seriam suficientes para aplicar as duas doses da vacina.
Segundo o Plano Nacional de
Imunização, nas primeiras fases serão vacinados trabalhadores da saúde, idosos,
pessoas com comorbidades, profissionais de segurança, indígenas e quilombolas.
Pazuello explicou que o
ministério provavelmente vai receber mais de um tipo de imunizante, mas as
pessoas receberão as duas doses da vacina de um mesmo laboratório, até porque
são de tecnologias diferentes. “Nós vamos monitorar todas essas aplicações para
que a segunda dose seja dada efetivamente de um mesmo laboratório que aquela
pessoa tomou”, afirmou. “Isso é um grande processo de controle e
monitoramento.”
O ministro garantiu que a
vacina será voluntária e disponibilizada, de forma gratuita, nas salas de
vacinação em cada município. “Nós vacinaremos todos os brasileiros de forma
igualitária, de forma proporcional ao número de pessoas por estado e de graça”,
disse. “Confiem na estrutura do SUS, confiem de que aqui existem pessoas que
estão realmente trabalhando diuturnamente para que a gente tenha a vacina
distribuída o mais rápido possível e a todos os brasileiros”.
Neste domingo, 17, a vacinação em massa foi iniciada na União Europeia. O
imunizante utilizado pelo bloco é o da Pfizer, desenvolvido pelo laboratório
BioNTech. De acordo com as autoridades da UE, a expectativa é a de imunizar
aproximadamente 450 milhões de pessoas.
Título e Texto: Redação, revista Oeste, 27-12-2020, 10h
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