terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Democracia e participação política

Henrique Neto

Os partidos políticos portugueses, desde o 25 de abril até hoje, têm vindo, pouco a pouco, a limitar e a desmotivar a participação livre dos cidadãos portugueses na atividade cívica e política.

O resultado prático é que cada vez mais portugueses se recusam a votar e o descontentamento tem conduzido à radicalização da esquerda e da direita, em que o centro quase desapareceu.

A política oficial do PS e de António Costa é manter o domínio dos partidos da esquerda sobre a sociedade e a economia, independentemente dos seus resultados, apenas com o objetivo da manutenção do poder a qualquer preço.

Aparentemente, não chegou a experiência das nacionalizações feitas a seguir ao 25 de Abril e temos agora uma recaída, como no caso da TAP.

Esta política do poder para uso do poder é muito facilitada por a escolha dos representantes do povo, como os deputados da Assembleia da República, ser feita pelas hierarquias partidárias, não dando aos eleitores a oportunidade de escolher, ou de reprovar, os seus representantes, como acontece na generalidade das democracias europeias.

Razão por que Portugal não é hoje uma verdadeira democracia, mas um Estado de fachada democrática, do modelo soviético do chamado centralismo democrático. É este o ponto de partida que está no centro de todos os nossos problemas: o domínio político e não democrático dos partidos no poder desde o 25 de Abril, potenciado pela propaganda.

Título e Texto: Henrique Neto, o Diabo, 2295, 24-12-2020
Digitação e Marcação: JP


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