Aparecido Raimundo de Souza
FUNÂMBULO LULA MAIA D’ EU ALCOLUMBRE
não é doente. Aos cinquenta anos, nunca passou nem
em porta de hospital. De pronto socorro da rede pública, idem. Contudo, sofre
de uma enfermidade chamada ergofobia, doença que descobriu, aos doze para
treze, quando saiu do Chile e conseguiu nacionalidade brasileira e, a partir
daí, acha que passou a se entender por gente. Só a se entender, porque, no
fundo, até hoje, não sabe onde tem a ponta do nariz e, tampouco, explicar
matematicamente onde estaria situada a sua terceira orelha, ou seja a
‘esquerda-meio-direita’ A isto, poderia ser alcunhado de democratas ou
demo’ni’acratas?! Dificil definir...
A
ergofobia, é um mal bem antigo. Remonta da idade em que Cristo Salvador andava
pregando pela Terra, usando os apetrechos da carpintaria de seu pai José. Hoje,
esta miséria ataca mais da metade da população. Só para se ter uma ideia do
tamanho da calamidade (fazendo a conta em números baixos), entre quinhentos
brasileiros, quatrocentos e noventa e nove tem o vírus adormecido no sangue.
Segundo a ‘Organização Mundial-Desorganizada-da Saúde’, a OMDS, o único imbecil
que sobrou sem contrair o estrago, morreu e, neste momento, segundo São Pedro,
está pagando, em suaves prestações (a se perderem de vista), um carnê das Casas
Bahia, às suas dívidas à Deus.
A maior
incidência de atingidos está condensada na Capital Federal, ou ‘Fedemal’ -, que
no ranking geral aparece saltitante e em primeiro lugar -, vindo, em seguida,
São Paulo e Rio de Janeiro e, Belo Horizonte, em terceiro. É bom esclarecer,
para não dar boulos, nenhum estado da Federação está fora do campo de
proliferação da ergofobia. Evidentemente cada cidade apresenta números
expressivos (sempre para mais, ou para menos, como nas pesquisas das grandes
empresas de opinião pública tidas como ‘cérias e onestas’), todavia, nenhuma
considerada a níveis pequenos, ou insignificantes, porém, o bastante, para que
possa vir a ser deixada de ser incluída nos gráficos das estatísticas.
Segundo
investigações profundas das autoridades especializadas em moléstias raras -, a
cada ano cresce assustadoramente o volume de contaminados (mais até que a
pobrezinha e indefesa Covi-19, que, aliás, nenhuma outra úlcera aberta, até o
presente momento, lhe chega a beijar os fundilhos dos calcanhares), o que, em
curtíssimo prazo, ainda no pensar altamente científico dos estudiosos, atingirá
seu ponto mais crítico, ou seja, o ápice da ‘Segunda Onda’, em 2021,
representando, em paralelo, um atentado custoso e cada vez maior e dispendioso
para o País.
O quadro clínico da ergofobia possui cinco partes distintas dentro de uma escala que vai de zero a cinquenta. Independentemente do número de cada um, embutido nessa escala, qualquer cidadão formado e habilitado para atuar na área da saúde, ou melhor nas dependências transparentes do SUS (Sistema Único de Salafrários), terá condições de identificar na hora, na cara, na bicha, perdão, na bucha, se o sujeito é ou não portador desta patologia morbo. De zero a dez, a vítima tem o vírus, mas este ainda não se manifestou. De onze a vinte, a bactéria sairá da sua fase de incubação e começará a mostrar os primeiros sinais de ataque sobre o corpo.
De vinte e
um a trinta, a vítima lutará com unhas e dentes para sobreviver. Entretanto,
logo se deixará levar por uma febre fortíssima que acabará por desistir de
seguir em frente e lutar contra o mal. De trinta e um a quarenta, a criatura
estará com quase todo o sangue infectado. Nesta etapa, alguns moribundos ainda
tentarão, num esforço transcendente e extraordinariamente sobre-humano, se
manterem vivos, respirando, mas devido ao enfraquecimento de algumas funções
vitais do organismo, acabarão por jogarem a tolha e se deixarão vencer.
De
quarenta e um a cinquenta, não há mais regresso. O sacrificado perderá a
estabilidade de agir sozinho, devido a falência múltipla dos órgãos que o
mantém de olhos abertos e o coração batendo. Neste estágio, o sujeito deverá
estar preparado para enfrentar o fim. Ou no pior dos sacrifícios, esperar pela
substância salvadora e miraculosa do Dória, ou melhor, aguardar a dita vacina
do Escória. A título de ilustração, o ergofóbico classificado na ‘quarta fase’
-, ou fase incidental crônica -, sofrerá algumas alterações básicas.
Segundo
considerações do doutor Drauzio Cadella, o desditoso ‘passará a gostar de viver
só no luxo. O ergofóbico ama a suntuosidade excessiva, o fausto, a profusão e
os prazeres efêmeros, mais que a própria vida. Deseja, de uma só vez, todos os
regozijos que a vida e o dinheiro podem lhe proporcionar, principalmente os
regalos ‘arregalativos’ advindos dos bolsos da sofrida sociedade que o
sustenta. Em outras palavras, o ergofóbico gosta de mamar nas tetas de todas as
benesses voltadas para as fraquezas da carne’.
Funâmbulo
Lula Maia D’ Eu Alcolumbre, tem consciência de tudo. Embora seja um
‘pouco-porco-nojento’ (em face de ser gordinho e ter a fisionomia de vira-lata
de periferia), na realidade é sujo, meio assim asqueroso. É esperto,
inteligente, velhaco, afiado, ardiloso, ligeiro e safo. Por conseguinte, e por
ser um ergofóbico nato, não chafurda em chiqueiros de localidades satélites. Ao
contrário, vive nos enxurdeiros e nas ‘pocilgas-altas-rodas’. Frequenta os
melhores lugares e até se destaca nas esferas brasilienses como se fosse um de
seus membros mais distintos e brilhantes.
Aliás,
Funâmbulo Lula Maia D’ Eu Alcolumbre vai muito além destas figuras
conhecidíssimas nos meios sociais palacianos. Constantemente suas fotos
costumam sair pela imprensa como vermes de esgoto, estampadas nas colunas
sociais dos jornais de maior circulação a nível nacional. O Correio
Brasiliense, por exemplo, é um deles. Bem acompanhado, o crápula faz questão de
pousar ladeado por figuras femininas cujas reputações estão acima de quaisquer
véus de desconfianças ou conjecturas de suspeitas.
A
personalidade ‘femininérrima’ que atualmente encabeça a lista, atende pelo
apelido de Deuamaris e Ensina Alves (ensina a ler e a escrever em chinês, a
língua do momento). Deuamaris, além de ‘paustoura’ (ou aquela que ‘pausta’),
ocupa a vaquinha do ‘Mistério Misterioso da Mulher, da Fa’lída’mília e dos
Direitos-Esquerdos Umanos’. O que nos leva a concluir, pelo encabeçamento desta
des-graça ou ‘vinte-graças’, as demais e os ‘de-penetra’, entre eles, o cantor
das multidões, Pabllo Vomittar, a Dilma Rouboussettiff.
Seria desumano
e imperdoável, se esquecêssemos das figuras do deuputado Bagulho Gaudelha, do
mi’SI’nistro AleXandre Carla Perez de Morrais (que mandou prender o jornalista
Oswaldo Eustáquio por apoiar abertamente Jair Bolsonaro), embora para nós,
igualmente, estes chúbrias não valham porcaria nenhuma. Ou na mais profunda das
conclusões: não valeriam, para os brasileiros que se prezam e têm vergonha na
fuça, o mais nojento de todos os excrementos que pudessem ser encontrados num
único vaso sanitário. Ainda que Bruno Sepultura Covas sem querer, tomasse uma
‘purinha’ com o Dezenove Dedos do PT e puxasse, sem querer querendo, o
cordãozinho da descarga.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha no Espírito Santo, 22-12-2020
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