No documento, seus representantes defendem o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul
Afonso Marangoni
Em carta endereçada
a instituições europeias, um grupo de agricultores indígenas rebateu a líder
indígena Sônia Guajajara, que, segundo eles, tem clara posição contrária ao
governo federal e insiste em querer falar em nome deles. A ativista concorreu à
Vice-Presidência da República em 2018 na chapa de Guilherme Boulos, do Psol.
No documento divulgado pela Funai nesta segunda-feira, 29, eles defendem o acordo comercial
entre a União Europeia e o Mercosul, posição contrária à de Sônia Guajajara. O
grupo ressalta que, sem o acordo, as exportações brasileiras serão prejudicadas
e, consequentemente, os próprios indígenas que já empreendem e produzem.
“O que essa indígena e outros
vêm fazendo é, em nossa opinião, um crime contra os próprios indígenas, pois
muitos já produzem soja, café, pescado e frutas (cacau e castanha-do-brasil)
que são exportados para vários países, inclusive da Europa, sem destruir a
floresta ou outro bioma, pelo contrário, ajudando a cuidar e defender o meio
ambiente”, diz a nota.
De acordo com o grupo, Sônia
Guajajara pertence a apenas uma dentre as 305 etnias existentes no Brasil e
“não tem apoio sequer de sua própria gente”.
O Grupo de Agricultores
Indígenas é formado por representantes de mais de 70 povos de todas as regiões
do país. O documento é assinado por Felisberto Cupudunepá, da etnia umutina,
Edson de Oliveira Santos, do povo bacairi, e Paulo Pontes Lúcio, da etnia
fulniô.
Título e Texto: Afonso
Marangoni, revista Oeste, 30-3-2021, 13h40
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