quarta-feira, 31 de março de 2021

A europeus, Grupo de Agricultores Indígenas rebate Sônia Guajajara

No documento, seus representantes defendem o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul


Afonso Marangoni

Em carta endereçada a instituições europeias, um grupo de agricultores indígenas rebateu a líder indígena Sônia Guajajara, que, segundo eles, tem clara posição contrária ao governo federal e insiste em querer falar em nome deles. A ativista concorreu à Vice-Presidência da República em 2018 na chapa de Guilherme Boulos, do Psol.

No documento divulgado pela Funai nesta segunda-feira, 29, eles defendem o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, posição contrária à de Sônia Guajajara. O grupo ressalta que, sem o acordo, as exportações brasileiras serão prejudicadas e, consequentemente, os próprios indígenas que já empreendem e produzem.

“O que essa indígena e outros vêm fazendo é, em nossa opinião, um crime contra os próprios indígenas, pois muitos já produzem soja, café, pescado e frutas (cacau e castanha-do-brasil) que são exportados para vários países, inclusive da Europa, sem destruir a floresta ou outro bioma, pelo contrário, ajudando a cuidar e defender o meio ambiente”, diz a nota.

De acordo com o grupo, Sônia Guajajara pertence a apenas uma dentre as 305 etnias existentes no Brasil e “não tem apoio sequer de sua própria gente”.

O Grupo de Agricultores Indígenas é formado por representantes de mais de 70 povos de todas as regiões do país. O documento é assinado por Felisberto Cupudunepá, da etnia umutina, Edson de Oliveira Santos, do povo bacairi, e Paulo Pontes Lúcio, da etnia fulniô.

Título e Texto: Afonso Marangoni, revista Oeste, 30-3-2021, 13h40

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