sexta-feira, 26 de março de 2021

Vai tudo ficar bem

Vitor Cunha

A dificuldade dos funcionários e pensionistas do estado para justificarem as restrições às liberdades e direitos das outras pessoas, as que não pertencem à casta escolhida, aumenta de dia para dia. Os “especialistas” encarregues da propaganda encontram-se na situação complicada de toda a gente os ver a cruzar as fronteiras invisíveis dos concelhos para irem à televisão explicarem o que os outros não devem fazer, essencialmente o mesmo que ver um tal de Frei Tomás a publicar num website de vídeos pornográficos as suas aventuras na casa de Elvas do caso Casa Pia.

A polícia, a maior organização de legalização de criminosos do país depois da assembleia da república, já nem esconde que “o proteger e servir” não se aplica aos cidadãos e sim à proteção das receitas em multas e ao serviço da ditadura.

O país está desfeito, todos contra todos, sem qualquer instituição funcional que não a da opressão fiscal e de liberdades e garantias. Já se decretou a obrigatoriedade de teletrabalho até ao fim do ano, excepção feita para deputados que precisam de senhas de presença, que os brioches estão pela hora da morte e, sendo como gomas, não podem ser comidos ao postigo.

Somos parados para dizer para onde vamos. Não é aconselhável mentir, por isso façam como eu, que digo a verdade: senhor agente, vou apanhar no cu do primeiro-ministro e do presidente; não me oprima, tenho o direito a ser feliz.

São nove e meia e ainda não há aleijados. Nunca mais chove, é o que é.

Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 26-3-2021

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