Vitor Cunha
A dificuldade dos funcionários
e pensionistas do estado para justificarem as restrições às liberdades e
direitos das outras pessoas, as que não pertencem à casta escolhida, aumenta de
dia para dia. Os “especialistas” encarregues da propaganda encontram-se na
situação complicada de toda a gente os ver a cruzar as fronteiras invisíveis
dos concelhos para irem à televisão explicarem o que os outros não devem fazer,
essencialmente o mesmo que ver um tal de Frei Tomás a publicar num website de
vídeos pornográficos as suas aventuras na casa de Elvas do caso Casa Pia.
A polícia, a maior organização
de legalização de criminosos do país depois da assembleia da república, já nem
esconde que “o proteger e servir” não se aplica aos cidadãos e sim à proteção
das receitas em multas e ao serviço da ditadura.
O país está desfeito, todos
contra todos, sem qualquer instituição funcional que não a da opressão fiscal e
de liberdades e garantias. Já se decretou a obrigatoriedade de teletrabalho até
ao fim do ano, excepção feita para deputados que precisam de senhas de
presença, que os brioches estão pela hora da morte e, sendo como gomas, não
podem ser comidos ao postigo.
Somos parados para dizer para
onde vamos. Não é aconselhável mentir, por isso façam como eu, que digo a
verdade: senhor agente, vou apanhar no cu do primeiro-ministro e do presidente;
não me oprima, tenho o direito a ser feliz.
São nove e meia e ainda não há
aleijados. Nunca mais chove, é o que é.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 26-3-2021
As vidas que o presidente e o governo destruíram
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