As invasões a imóveis se intensificaram após uma decisão do STF que proíbe a remoção dos ocupantes ilegais e até mesmo despejos por falta de pagamento no Rio de Janeiro. O prédio, que tem uma história trágica, está ocupado por moradores de rua, e uma ação de reintegração de posse já estaria em curso
Diário do Rio
O DIÁRIO DO RIO tem sido voz solitária na luta contra as gangues de invasores de imóveis que vêm atuando nas zonas Sul, Norte e Centro da Cidade. Com pretextos tão diversos quanto “movimentos por moradia”, “direitos LGBTQ” ou mesmo a exploração de comércio no local ou a depredação para venda de ferragens, gradis, madeiras nobres e louças sanitárias, a verdade é que a invasão de imóveis no Rio de Janeiro virou uma indústria, como diversos casos que noticiamos aqui. Agora, a invasão ocorreu em plena Avenida Copacabana.
O velho prédio em estilo art
déco, de número 911, entre as ruas Barão de Ipanema e Bolívar, foi invadido por
um grupo de moradores de rua. O prédio fica localizado ao lado do Burger King,
e está fechado há muitos anos. Segundo informações obtidas no Fórum do Rio de
Janeiro, o imóvel seria objeto de uma disputa judicial entre herdeiros do
empresário Wagih Murad, assassinado anos atrás pela chamada “viúva negra”.
Fontes do mercado imobiliário dizem que o predinho estaria também à venda por
14 milhões de reais, valor considerado muito alto para o momento atual.
Segundo informações dadas pela Sociedade Amigos de Copacabana, os proprietários já teriam ingressado com ação possessória para retomar o imóvel, que aparenta estar em mau estado de conservação, dos invasores. A entidade afirma também que notificou a prefeitura do ocorrido, temendo consequências ruins até para os invasores, face ao estado do imóvel.
“As invasões a imóveis não param,
e às vezes são muito lucrativas“, disse ao DIÁRIO o
gerente da Sergio Castro Imóveis, Adriano Nascimento. “Os casos se
multiplicam, e por vezes os invasores ganham valores vultosos até mesmo
alugando o imóvel invadido, como fizeram com o prédio da antiga Hermes Macedo,
na Avenida Brasil, onde mais de 20 pequenas lojinhas dizem pagar aluguéis a
chefes da invasão”.
As invasões no Rio de Janeiro
se intensificaram após a polêmica decisão do STF que proibiu as reintegrações
de posse no Rio de Janeiro, durante a pandemia, conforme noticiamos aqui.
Título, Imagem e Texto: Redação,
Diário do Rio, 1-5-2021
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