Rodrigo Constantino
"Blogueiro bolsonarista
investigado pelo STF usou estagiária de Lewandowski como informante", diz
manchete em destaque na Folha de SP hoje. O jornal conseguiu acesso às
conversas trocadas entre o jornalista e a funcionária do ministro, usando alguma
fonte. Mas eis o interessante: só quem tem fonte é jornalista de esquerda!
A tática da velha imprensa é
tão manjada que falta sutileza. Todos percebem o truque. Para começo de
conversa, o uso do rótulo blogueiro, que os militantes disfarçados de
jornalistas usam para se referir a qualquer jornalista que não seja de
esquerda.
Mesmo alguém que atua e atuou
nos principais veículos de comunicação do país, como no meu caso, continua
chamado de blogueiro se não for da patota corporativista, dominada pelo
esquerdismo. Jornalista é termo reservado só para quem é do clubinho, gente que
leva a sério Renan Calheiros.
É a mesma tática do uso da
expressão "empresário bolsonarista". Ora, nunca vimos a imprensa
falar em empresário tucano ou empresário lulista, mesmo quando o empresário em
questão é ligado umbilicalmente ao PT ou ao PSDB. Mas bastou enxergar virtudes
no presidente ou em seu governo para virar um empresário bolsonarista, em tom
depreciativo.
Voltando ao caso de Allan dos
Santos, do Terça Livre, eu poderia jurar que a mídia chamasse esse tipo de
contato de "fonte". Algo inclusive preservado pela Constituição
Federal, com direito ao sigilo e tudo. Mas como se trata de um "blogueiro
bolsonarista", a fonte virou "informante", e o panfleto
esquerdista disfarçado de jornal faz de tudo para criar ares golpistas e
criminosos na relação entre fonte e jornalista.
A ponto de passar batido pelo
que realmente importa nessas trocas de mensagens! "O que vi de mais
espantoso é que realmente eles decidem como querem e o que querem. Algumas
decisões são modificadas porque alguém importante liga para o ministro",
diz a funcionário do ministro Lewandowski.
Barbara, a mineira do popular canal TeAtualizei, comentou sobre isso: "Invés da galera comentar o absurdo da informação dada pela estagiária do Lewandowski, d q as coisas mudavam qdo alguém importante ligava, os jornalistis estão chocados pq ela foi a fonte de alguém. Ninguém tá ligando para a gravidade da informação sobre a justiSSa desse país!"
O jornalismo morreu? Esses militantes perderam a capacidade de identificar o essencial numa notícia? Vale tudo para atingir jornalistas independentes ou simpáticos ao governo Bolsonaro? Carolina Brígido, colunista do UOL e que escreve sobre o STF, tirou disso tudo que Allan dos Santos tentou "espionar o Supremo". Leandro Ruschel rebateu:
Quando você recebe uma informação das suas fontes no Supremo é "jornalismo", e quando o Allan faz o mesmo é "espionagem"? Além disso, sobre a grave acusação de mudança de sentenças a pedido de autoridades, é mentira? Fake news? Nunca aconteceu?
Essa postura da velha imprensa
tem sido responsável por sua acelerada perda de credibilidade. Enquanto os
jornalistas deveriam estar debruçados sobre os esquemas absurdos que existem em
nosso Poder Judiciário e ameaçam nosso Estado de Direito, preferem fazer picuinha
e atacar "blogueiros bolsonaristas", gente que, aliás, costuma ter
muito mais engajamento do que esses jornalistas.
A prioridade dessa turma é
lutar com unhas e dentes para resgatar uma era de hegemonia e monopólio das
narrativas, uma época que não volta mais após o advento das redes sociais. Não
há mais espírito público, compromisso com os fatos, a busca da verdade. Restou
apenas a militância ideológica e a tentativa de assassinato de reputação dos
novos concorrentes. São os blogueiros socialistas, que comandam o espetáculo da
velha imprensa decadente...
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 6-10-2021, 11h07
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