Vários jornalistas da Folha sentiram-se à vontade para enviar uma carta aberta ao jornal, “pedindo” uma reflexão sobre o espaço concedido a textos “impublicáveis”
Rodrigo Constantino
Quem hoje não percebe o viés esquerdista da velha imprensa vive em Marte. Todos já sabem que nove em cada dez jornalistas adotam uma visão de mundo dita “progressista”, associada até mesmo ao esquerdismo radical. O pacote é completo: defendem a ideologia de gênero, são simpáticos ao socialismo, enxergam com romantismo o regime ditatorial cubano, e por aí vai. Mas a coisa vai além disso: esses militantes disfarçados de jornalistas não toleram a mínima dissidência, encaram qualquer coisa mais à direita como inaceitável.
Vários jornalistas da Folha
de S. Paulo sentiram-se à vontade para enviar uma carta aberta ao
jornal, “pedindo” uma reflexão sobre o espaço concedido a textos
“impublicáveis”. Eles mencionaram diretamente um texto que falava do racismo
fomentado pela ideologia de gênero. Esses jornalistas enalteceram o
“pluralismo” do jornal que os emprega, mas… e sempre o que interessa vem após o
“mas”. No caso, o jornal não publicaria uma defesa do Holocausto, logo, não
cabe permitir o contraditório em temas delicados como esse.
Racismo reverso é algo que não
existe, alegam esses jornalistas. Ou seja, quando um negro chama os brancos
como um todo de “malvados” ou de “demônios brancos” e prega abertamente o
extermínio dessa “raça”, isso não é racismo, segundo os jornalistas da Folha.
Para eles, no entanto, existe um “racismo estrutural” no Ocidente, ou seja, as
instituições carregam o preconceito contra negros e por isso há tanta
injustiça, não importa que negros americanos vivam com muito mais liberdade e
prosperidade do que negros africanos, “protegidos” desse racismo.
Esses jornalistas autoritários querem cancelar até moderados como Leandro Narloch e Demétrio Magnoli, esse um sociólogo esquerdista, mas que condena as cotas raciais por entender que elas fomentam o racismo. Não pode haver espaço para qualquer coisa que não seja o dogma da esquerda radical, que pinta as “minorias” como vítimas sempre, e o homem branco ocidental como o algoz da humanidade. Se não encaixar nessa narrativa, fora!
Os jornalistas da Folha contaram
com o apoio de colegas de outros veículos de comunicação, como Marcelo Lins, da
GloboNews, que também aplaude a censura contra “negacionistas” na pandemia. O
que podemos observar é uma mistura do totalitarismo ideológico desses
socialistas com a luta pela reserva de mercado, de um tempo em que essa visão
era não só predominante, mas basicamente hegemônica na mídia. E não havia o
espaço das redes sociais para furar essa bolha.
Se o negro não for retratado como uma eterna vítima e o branco como o
grande malvado, então não presta
Hoje, o viés da imprensa está
escancarado, e esses jornalistas tentam censurar as redes sociais e expurgar
dos principais veículos de comunicação qualquer um que não reze a mesma
cartilha. Reparem que nunca vemos a expressão “extrema esquerda” ser mencionada
nesses jornais, enquanto basta estar à direita dos tucanos defensores da
socialdemocracia para ser rotulado de “extrema direita”. O lance é demonizar
aquele que ousa questionar os dogmas “progressistas”, para interditar o debate,
impedir o confronto de ideias.
Isso não é a postura de quem
efetivamente defende o pluralismo. Veja, se alguém negar o Holocausto, a
postura será tão bizarra que cai por terra imediatamente. O mesmo vale para os
“terraplanistas”. Não é preciso calar quem diz que a Terra é plana, pois se
trata de uma minúscula minoria excêntrica sem nenhuma credibilidade. Logo, a
tática é misturar essas coisas com outras, bem mais passíveis de contestação,
de modo a jogar para a marginalidade quem traz questões legítimas sobre temas
polêmicos, como o racismo ou a escravidão.
Mostrar que a escravidão, por
exemplo, foi a norma na humanidade, independentemente de raça, e que quase
todos os povos escravizaram adversários quando tiveram a chance não é banalizar
a escravidão de negros, mas pontuar um fato histórico. Assim como é importante
para o debate lembrar que negros também tiveram escravos, que brancos também
foram escravos, e que essa prática nefasta só teve fim justamente no Ocidente
graças a valores liberais e cristãos.
Mas nada disso adianta: se o
negro não for retratado como uma eterna vítima e o branco como o grande
malvado, então não presta. É claro que isso é seletivo: nem todo negro merece
essa defesa automática. Se for um negro de direita, por exemplo, ele merece
todo desprezo do mundo, deve ser tachado de “capitão do mato” e pode ser
devidamente destruído pela horda de chacais e hienas das redes sociais. Assim
como a maioria desses jornalistas de esquerda é formada por homens brancos, que
se sentem com procuração para falar em nome das minorias.
Na prática, não tem nada a ver
com as minorias, e sim com o esquerdismo. Na imprensa, os próprios jornalistas
fazem de tudo para impor uma ditadura do pensamento único. Quem mexer com o
clubinho deverá ser ridicularizado e demitido. É a patota socialista tentando
normalizar uma ideologia radical rejeitada pela imensa maioria da população.
Alguém fica surpreso com a crescente perda de credibilidade desses jornais?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-