Aparecido Raimundo de Souza
Por natureza, tendenciamos a nos preocuparmos
com assuntos triviais, programas de televisão eivados de putarias e sacanagens
que não nos acrescentam nada, ao contrário, ficamos mais bestificados e tolos.
Igualmente, robotizados, comandados, aceitando, ao final, desaforos cabeludos e
não condizentes com a nossa formação moral. A nossa visão do amanhã se torna
órfã, nos pegamos de calças curtas, abobalhados por uma série de contratempos
impetuosos, o que nos leva a pensar seriamente no romance O Conformista de
Bernardo Bertolucci, onde diretamente assumimos engolir tudo sem mastigar e
sentir o verdadeiro e amargo sabor dos contratempos mais desastrosos.
Nos vemos manipulados, minuto a
minuto, por propagandas enganosas, usque falsos pudores governistas, como se
fôssemos porcos à caminho de um matadouro de periferia, presos em chiqueiros
comendo aquilo que não queremos e bebendo de uma bebida repugnante que nos
embriaga e nos amofina. Final da estrada, não nos resta saída digna. Aceitamos,
como vaquinhas de presépios a ideia de que o nosso hoje é uma sociedade
civilizada ao inverso, quando bem sabemos, tudo não vai além de uma grandiosa e
repugnante sacanagem legalizada.
Deslembramos que o povo é uma manada
de gados com a cabeça para o abate. O sistema único dos poderosos nos tornou
"desmemorizados". Descobrimos que nossos ministros (aquelas da falida
Suprema Corte), não passam de adoráveis cães raivosos. Na prática esses falsos
vigaristas não aguentariam uma guerra real, porque seus rabos sujos estão
presos a uma ideologia furada. A ideologia do dinheiro pelo dinheiro no jogo do
toma lá, dá cá. Nossos deputados – igual caminho, são como uma corriola de
parasitas e sanguessugas monstruosos. Se fizeram pervertidos, levados pela
soberba, pela luxúria, assim como os senadores, em conluio, ajudam a formar, no
mesmo trilhar, um covil de canalhas, de fanfarrões e hipócritas que lutam em
prol dos seus próprios umbigos, enquanto à raia miúda se fode no verde amarelo
em um país à beira do caos, uma nação despedaçada e destroçada, onde o verde
pegou fogo nas queimadas da Amazônia e o amarelo se viu corrompido pela lama
das vítimas dos desastres de Mariana e Brumadinho.
Por normas impostas, aprendemos a canonizar os párias que militam nos ministérios. Fizemos deles deuses de um Olimpo fracassado. O Vampiro de Curitiba, por exemplo, fugiu das páginas de Dalton Trevisam, manteve relações com cadelas de ruas e praças que viviam fazendo vida nos quartos dos palácios às margens do Lago Paranoá. Dessas trepadas redundou nos nascimentos de outros mil bebês vampiros, hoje espalhados de norte a sul desse Brasil atolado em várias “operações Lava Jatos”, o que fez a galera desavisada vomitar, e, ao mesmo tempo, engolir na marra, na força, às porradas, as engambelações de que as vacinas para porem fim definitivo à pandemia da Covid-19 (controlada por meia dúzia de falsos fajutos da Anvisa) não passa de uma enorme mistura bem engendrada de maconha misturada com centenas e centenas de pinos de coca.
Nesse Brasil sem amanhã, sem talvez,
sem porra nenhuma, navegando à deriva num mar de águas procelosas, onde como
bem vemos, nada funciona. Apenas como exemplo, o INSS, e o confuso DataSus,
este último tão em voga. Um bandoleiro de carteirinha já disse, com todas as
letras, a que vieram. O INSS é uma farsa bem engendrada, tanto quanto o
DataSus, uma plataforma que vive de promessas. O ministério da saúde bem ainda
seu ministro Martelo Quidroga está pior que o comandante do Titanic. Sabe que
vai dar com os cornos num iceberg, mas que se dane. O navio não é dele, nem o
ministério da saúde. Em passo igual, os futuros pilantras que pretendem galgar
as cadeiras do poder nas próximas eleições, já mostram as fuças no sentido de
que nada farão para tirar o país do atoleiro, ao contrário, todos os candidatos
à presidência deveriam apanhar na cara, careceriam levar boas cintadas na
bunda, até ficarem com seus traseiros em carne viva. Quem sabe esses futuros
calhordas aprendessem um pouquinho mais a serem humanos e a cuidarem com mais
atenção, os SERES HUMANOS.
O sangue que corre nas veias dos
brasileiros é 99% misturado aos combustíveis adulterados da Petrobosta (antiga
Petrobrás) enquanto 1% (um por cento) não saberia dizer quem foi o filho da
puta que deu o nó górdio na corda salvadora que puxaria a nação de dentro do
buraco negro mandando o que havia de bom, de belo e maravilhoso para o espaço
juntamente com de tudo de excelente e de extraordinário que nos permitiria
viver com dignidade e seriedade. O Brasil, está na famosa lista negra dos
Achados e Perdidos, como bem descreveu o falecido comediante Batoré, ou seja,
ele, em ritmo de piada, sinalizou que o “Brasil figura mais na banda dos
perdidos do que dos achados”.
Vivemos, em caminho idêntico, numa
arena mil vezes maior que o Maracanã, ou melhor, todos somos partícipes de um
rodeio aquático, onde a parte honesta se viu derrubada por uma manada de
furiosos cavalos marinhos. Por último, devemos conviver com a arrogância de um
governo envolto em merda, que permite uma cambulhada de pilantras à sua
retaguarda, se desloque para o Estrangeiro em classes especiais, enquanto os
que precisam pagar uma fortuna por bilhetes aéreos mofam e se fodem nos bancos
dos grandes aeroportos, não tendo nenhuma espelunca lutando a favor.
Fazemos referência, em particular a
um cagalhão fedido ou ao imenso cabide de emprego conhecido como Anac
(Associação dos Assopradores de Ca”pa”cetes). Tal prostíbulo serve apenas para
engambelar os trouxas que ainda acreditam ser ela uma coisinha bela e mais
legalizada que as demais. Ledo engano! Prova do que falamos, é a seguinte: até
o momento a porra da Anac nada fez de concreto em parceria com o Procon (outro
tropeço inoperante) para normalizar ou minimizar a vida sofrida das pessoas que
mofam nos terminais dos aeroportos país à fora.
Apesar disso tudo, ainda tem um
bando de tapados dos ouvidos e surdos dos olhos que acreditam que o Brasil tem
jeito. Que as urnas são seguras e que o seu voto vai colocar no pardieiro
Brasília, aquele candidato honesto e que tal figura, como futuro presidente
desta Terra de Ninguém conseguirá o milagre de arrancar a nação aos peidos, do
atoleiro em que se encontra. Resumindo a ópera do malandro: somos todos, sem
tirar nem por, um bando de paus mandados, de buchas de canhão. Nascemos e
vivemos para tomar indefinidamente no olho do pescoço em francês. E acreditem
senhora e senhores: TOMAMOS.
Título e Texto: Aparecido Raimundo
de Souza, de Vila Velha, no Espírito Santo. 28-1-2022
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