Rodrigo Constantino
Durante entrevista ao jornal
Jovem Pan desta segunda, perguntei ao ministro Queiroga quem se
responsabilizava do ponto de vista legal por eventuais efeitos colaterais
graves das vacinas. O ministro foi claro em afirmar que não são os
laboratórios, que exigiram isenção de responsabilidade, e deixou claro que é o
próprio estado quem deve arcar com eventuais problemas.
Em seguida, minha colega Cris
Graeml, também aqui da Gazeta, quis saber quem responde pelas declarações de
efeitos adversos ou mesmo óbitos causados pelas vacinas no sistema da Anvisa,
já que muita gente tem reclamado de relatar problemas que são ignorados. O ministro
jogou, então, uma bomba: já são 4 mil óbitos associados às vacinas!
Fiquei espantado com o número,
assim como a Cris. "Temos na Secretaria de Vigilância em Saúde registrado
1,7 óbito por cada 100 mil doses aplicadas. Isso perfaz cerca 4.000 óbitos onde
há comprovação de relação causal com a aplicação da vacina", disse o
ministro. Levei a questão às redes sociais, e muita gente ficou chocada com a
quantidade.
Agindo rápido como agência de
marketing dos laboratórios, a Folha de SP resolveu
"checar" a informação, e concluiu se tratar de erro do ministro.
Afinal, são mortes em investigação. Ufa! Assunto encerrado, ninguém mais
precisa fazer perguntas incômodas, vacinas são seguras e vida que segue.
Próxima pauta? Ou não é bem assim?
Claro que o critério de
autodeclaração é bastante impreciso e, de fato, é necessário investigar cada
óbito. Mas atenção: quatro mil pessoas relataram a desconfiança de que
parentes seus faleceram após as vacinas e associam uma coisa à outra, ou seja,
enxergam elo causal. Não é pouca gente! Aliás, é muita gente!!!
Qual a postura correta de qualquer jornalista? Ora, é exigir justamente uma investigação célere desses casos. Mas não é esse o intuito da imensa maioria dos veículos de comunicação, que mais parecem assessoria de imprensa da Big Pharma. Para essa turma, questionar os riscos já é um perigo! Devemos repetir como dogmas que as vacinas são seguras.
O caso da Arlete Graff chama a
atenção pois se trata de uma mãe que foi até os últimos esforços para conseguir
provar, por conta própria, que seu filho Bruno, um jovem saudável de 28 anos,
morreu por causa da vacina. Quantos Brunos há por aí sem que seus pais tenham
tido a determinação ou as condições de promover investigação tão minuciosa por
conta própria?
Na verdade, movimentos políticos, que querem monopolizar a fala em nome da ciência, têm feito esse tipo de propaganda, para impor uma narrativa absurda:
A comparação é bizarra e
desonesta, tenta pintar todo aquele que desconfia dessas vacinas produzidas às
pressas, e cujos fabricantes exigem se eximir de qualquer responsabilidade por
eventuais efeitos adversos, como um "negacionista antivacina". Chega
a ser patético!
Após analisar o trade-off, é
perfeitamente possível concluir a favor das vacinas para o Covid, claro. Mas
ocultar mortes, ou não demonstrar sequer a curiosidade de investigá-las, como a
mídia tem feito, isso é absurdo, anticientífico e nada humanista. Muita gente
parece mesmo lobista da Big Pharma!
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta do Povo, 18-1-2022, 11h44
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