Telmo Azevedo Fernandes
Embora todas as evidências
apontem para que Marcelo Rebelo de Sousa se tenha deslocado ao Brasil em férias
de praia, a verdade é que o nosso Presidente da República viajou até ao Rio
de Janeiro e São Paulo a convite do Presidente Jair Bolsonaro, eleito com o voto
de 58 milhões de brasileiros. E também, ao contrário do que dizem vozes mais
assanhadas, Marcelo não está senil; caso em que seria inimputável. Ao
contrário, o conhecido amante de surf de Cascais está perfeitamente lúcido e
consciente do que faz e não faz.
Por isso, deve ser
responsabilizado pelo desastre diplomático que provocou durante a sua visita
oficial ao Brasil. O seu narcisismo exacerbado e manipulação da opinião
pública através de orgãos de comunicação social servis e deslumbrados não se
compagina com o mínimo de sensatez e cumprimento de protocolo que seria
exigível a um diplomata em início de carreira.
Ainda esta semana assistimos
também à triste saga do Ministério Público em vez de se dedicar a proteger
crianças de lavagens cerebrais patrocinadas pelo Estado criticar os Pais dos
alunos de Famalicão por defenderem os seus filhos de preceitos ideológicos
contrários à sua forma de ver o mundo. O Ministério público arrogou-se até de
forma acintosa e primitiva no direito de tomar o lugar de educador do povo e
quer impor a estas crianças a tutela da escola.
Importa dizer que apesar do Ministério Público e do juiz de comarca terem claramente excedido e abusado da sua posição e mandato, prevalece na sociedade a perigosa ideia de que a escola deve educar. Confunde-se facilmente e demasiadas vezes «instrução» com «educação». À escola compete ensinar Português, Matemática e outras matérias fundamentais. E sabemos que já é difícil em disciplinas como Biologia ou Ciências da natureza não haver preleções de ativismos ideológicos….
Mas é aos Pais que compete
orientar as crianças sobre o que é o Bem e o Mal. É às famílias e não à escola
que compete cultivar nas crianças uma moral. E por isso, se por preguiça,
desleixo ou manifesta irresponsabilidade transferirmos essa incumbência para a
Escola acabamos por tornar os nossos filhos reféns da ética e moral de
terceiros e potencialmente escravos de quem está em posição de poder. Isto
torna-se evidente no ensino público que está na órbita direta do Estado. Mas o
risco também existe nos colégios privados e religiosos que não se importam de
sacrificar uma verdadeira autonomia dos seus projetos ao aceitar por exemplo,
contratos de associação com o Estado e condicionar na prática os seus programas
às orientações do ministério da educação. Por muito boas intenções que haja, é
certo e sabido que quem paga as contas é quem manda.
Tomara que a louvável e
heroica resistência dos Pais de Famalicão sirva em primeira instância para
assegurar a liberdade dos seus filhos, mas também de alerta de consciência a
todas as famílias portuguesas.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
6-7-2022
[Observatório de Benfica] O PSD de Montenegro e o banhista de Copacabana
A sexta viagem de Marcelo ao Brasil. Em seis anos
Se depender de mim, Presidente Bolsonaro não deve receber o presidente de Portugal
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