[As danações de Carina – Extra] O caminho de volta

Carina Bratt  

UM DIA (sempre haverá um dia em nossa vida) teremos de parar. Puxar o freio. Estancar os passos, moderar o cotidiano, sopesar os pós e contras, e, nessa balburdia tresloucada, decidir qual a melhor saída para continuarmos respirando. Seja por estafa, ou doença, velhice ou algo inesperado como uma enfermidade incurável...  

As situações são tantas e quantas, que seria difícil, quase impossível descobrirmos, ao certo, o que o ‘amanhã’ ou o ‘depois’ nos arranjaria, ou nos reservaria para nos colocar num desvio da extensa linha da nossa existência.  

Espero que todas as minhas amigas e leitoras não sejam pegas de surpresa. Que possam (com calma e paciência, seriedade e bom senso), escolher o momento mais propício para um ‘chega para lá’ definitivo nessa infâmia de vida em constante alvoroço, e, que por conta, só nos faz, a cada dia, a cada minuto, mais estressadas e literalmente perturbadas.  

O vídeo que trago à baila (se me permitem), sinaliza claramente para o sentido de darmos ‘um tempo’ em nossas correrias.  Creio, seja uma lição de aprendizado edificante que nos conduzirá à pensarmos duas ou mais vezes numa interrupção necessária, ao menos (agora) para sopesarmos os prós e contras e, via outra, seguirmos, os passos seguintes, com tranquilidade, e, lógico, não sermos impedidas de avançarmos na busca dos nossos ideais mais cobiçados num (logo depois).  

Nossos objetivos e ideais carecem de ser alcançados. Todavia, amigas, raciocinem: desde que tenhamos, em nossa consciência, a luz cristalina de uma certeza digna e próspera -, qual seja, a de que não daremos com os burros n’água, tampouco sucumbiremos quando o porvindouro se fizer radiante e inabalável sorrindo faceiro, diante de nossos olhos.  

Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. 3-7-2023 

Anteriores: 
O eterno ofício celestial 
Carregamos, dentro de nós, uma parte da sementinha de João Bocó – ‘DOIS’ (Final) 
Carregamos, dentro de nós, uma parte da sementinha de João Bocó — ‘UM’. 
Cena urbana 

Os velhos temores ficaram no meio do nada