Indicador avançado voltou a subir em Março, pelo 11º mês consecutivo,
reforçando o cenário de recuperação da economia portuguesa
O indicador avançado da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), concebido
para antecipar pontos de viragem na actividade económica em relação à
tendência, continua a apontar para uma melhoria da situação económica em
Portugal.
Pelo 12º mês consecutivo, o
indicador relativo ao mês de Março registou uma subida mensal (de 0,48%,
ligeiramente inferior à de 0,51% observada no mês anterior), e uma subida
homóloga de 3,27% (a quinta consecutiva, mas neste caso mais ampla que a
progressão de 2,73% do mês anterior). O indicador subiu assim para o patamar de
100,83 pontos, acima da média de longo prazo fixada em 100 pontos.
A actualização dos
indicadores, divulgada nesta terça-feira 14 de Maio, aponta para uma melhoria
das expectativas para a maioria das grandes economias – caso dos Estados
Unidos, Canadá, Brasil e China – e também na Europa, com a OCDE a assinalar o
regresso de Itália a uma dinâmica positiva, que é mantida em França e na
Alemanha.
Título, Imagem e Texto: Eva
Gaspar, Jornal de Negócios, 14-05-2013
Reformas já feitas aumentarão
o PIB em 3,5%, calcula a OCDE
Eva Gaspar
O relatório apresentado pela OCDE pedido pelo Governo para enquadrar a
reforma da economia e do Estado é sobretudo descritivo e, embora faça
recomendações em várias áreas, estas são mais genéricas do que as apontadas
pelo FMI. Leia aqui o resumo das propostas da organização.
Segundo a OCDE, as reformas empreendidas por Portugal nestes cinco últimos anos para tornar mais competitivos os mercados de produtos e mais dinâmico o mercado de trabalho são susceptíveis de elevar o PIB potencial de Portugal em cerca de 3,5% em 2020. Mas é preciso fazer mais. “Portugal precisa de uma estratégia abrangente para aumentar a produtividade e restaurar a competitividade através de reformas estruturais favoráveis ao crescimento que vão além do imperativo de curto prazo da consolidação fiscal”.
Refere a OCDE que a proporção
de idosos na população portuguesa ascendeu a cerca de 18% em 2012, e que, em
média, estes receberam 48% do gasto social agregado (incluindo educação). “Como
em muitos outros países da OCDE, o envelhecimento da população em Portugal será
um factor-chave de futuros aumentos na despesa social” pelo que políticas
destinadas a garantir a sustentabilidade das pensões são “ainda mais
essenciais”.
O que se sugere? Abolir a
reforma antecipada e ponderar “uma convergência mais rápida dos esquemas de
aposentação dos funcionários públicos com os do sector privado, ao mesmo tempo
que se diluem as cláusulas de salvaguarda existentes, de modo a que não só os
novos sejam abrangidos”.
(…)
Eva Gaspar, Jornal de Negócios, 14-05-2013
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