Todos gritam mas nem todos têm razão: Os reformados estão hoje entre os críticos mais vociferantes. Mas seria
bom que notassem que não descontaram o suficiente para as reformas que agora
gozam. (...)
Se alguém pode dizer-se
roubado, não são os actuais pensionistas, mas os nossos filhos e netos, que
suportarão as enormes dívidas dos últimos 20 anos, e não apenas na segurança
social.
Outro mito cómodo é o que diz
que os direitos dos trabalhadores e o Estado social estão a ser desmantelados.
De facto, os direitos que a lei pretendeu conceder nunca foram dos
trabalhadores, mas de alguns trabalhadores. Muitos empregados no privado nunca
tiveram aquilo que agora cortam aos funcionários públicos.
Os exageros das
regulamentações neste campo são só benefícios que um grupo atribuiu a si mesmo.
Como isso aumenta os custos do trabalho, prejudica fortemente o crescimento e o
emprego, agravando as condições dos mais necessitados.
Quanto ao Estado social, ele
teve como principais inimigos aqueles que durante décadas acumularam supostos
direitos sem nunca se preocuparem com o respectivo financiamento. Aproveitaram
os aplausos como defensores do povo, receberam benefícios durante uns tempos e,
ao rebentar a conta, zurzem agora aqueles que limpam a sujidade que eles
criaram. Em todos os temas políticos, como no campo ambiental, esquecer a
sustentabilidade é atentar contra aquilo mesmo que se diz defender.
Título e Texto: Luís Moreira,
Banda Larga, 27-05-2013
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