Itamaraty orienta classificar
todos os documentos relativos às viagens como 'reservados' enquanto presidente
estiver no cargo; chancelaria afirma que medida está dentro da lei
Vitor Sorano
O governo colocou sob sigilo
todas as informações relativas às viagens que a presidente Dilma Rousseff ou
seu vice, Michel Temer, já fizeram ou vierem a fazer ao exterior. Os dados só
poderão ser divulgados depois que ela deixar o Palácio do Planalto, em 31 de
dezembro de 2014. Ou, se reeleita, de 2018.
A decisão ocorre num momento
em que o governo está sendo questionado sobre o tamanho das comitivas
presidenciais – e dos gastos – no exterior. Além disso, ela impedirá que esses
dados venham à luz durante a campanha eleitoral de 2014.
Presidente Dilma Rousseff
durante sua chegada a Adis Abeba, capital da Etiópia, na África. Foto: Roberto
Stuckert Filho/PR
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Extratos de uma comunicação
classificada do Itamaraty, a que o iG teve acesso, determina a reclassificação
de todos os expedientes e documentos relacionados às visitas ao exterior de
Dilma ou do vice, feitas desde que ela tomou posse, em 1º de janeiro de 2011. A
regra se aplica também às viagens que forem feitas "futuramente".
No mínimo, esses materiais
deverão receber o carimbo de “reservados”, categoria que prevê sigilo de cinco
anos desde a sua produção. Mas podem ser reclassificados como secretos, o que
os deixará 15 anos na sombra, ou como ultrassecretos – 25 anos.
(…)
Vitor Sorano, iG São Paulo, 31-05-2013
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