Como todos naturalmente já
devem estar cansados de saber, o aposentado brasileiro, espantosamente, também
tem o seu dia de comemoração. É o dia 24 de janeiro. Viva pois, com louvor, o
trabalhador aposentado! É o único dia do ano em que no Brasil colocam os
aposentados nos píncaros da glória! Um dia só de homenagens e afagos, e os
outros 364 dias de duras e impiedosas chineladas.
Ouve-se então, naquele enganoso dia, dezenas de discursos inflamados, parlamentares cobrando direitos não reconhecidos dos segurados do RGPS, exigindo maior justiça para os indefesos previdenciários, enfim, todos os políticos defendem-os com grande ênfase e clamor, reconhecendo que essa categoria precisa de fato de mais proteção, maior justiça e mais carinho, Reconhecem que, como numa fileira de bois resignados para o abate, todos os aposentados que ainda ganham mais de um salário mínimo, seguem submissos e conformados como os bois que seguem indefesos para serem abatidos, através de um corredor estreito que conduz o pobre animal direto para o matadouro; é o que na realidade acontece com os aposentados. Juram os senadores/deputados nos seus discursos, num simples momento de empolgação e vedetismo, que irão acabar com este fatídico morticínio dos aposentados.
Ouve-se então, naquele enganoso dia, dezenas de discursos inflamados, parlamentares cobrando direitos não reconhecidos dos segurados do RGPS, exigindo maior justiça para os indefesos previdenciários, enfim, todos os políticos defendem-os com grande ênfase e clamor, reconhecendo que essa categoria precisa de fato de mais proteção, maior justiça e mais carinho, Reconhecem que, como numa fileira de bois resignados para o abate, todos os aposentados que ainda ganham mais de um salário mínimo, seguem submissos e conformados como os bois que seguem indefesos para serem abatidos, através de um corredor estreito que conduz o pobre animal direto para o matadouro; é o que na realidade acontece com os aposentados. Juram os senadores/deputados nos seus discursos, num simples momento de empolgação e vedetismo, que irão acabar com este fatídico morticínio dos aposentados.
Por fim, passado o dia 24 de
janeiro, acabaram-se as enganosas homenagens para o aposentado. Já a partir do
dia seguinte, voltam os velhinhos à dura realidade, acordando daquele sonho
maravilhoso, voltando a ter somente pesadelos. Apagaram-se suas vans esperanças
de que que os nossos direitos seriam afinal reconhecidos pelos nossos
governantes. Tudo não passou de uma falsa esperança! Passado o Dia do
Aposentado, quando as homenagens foram fartas, bonitas e acima de tudo
justíssimas, mas curtíssimas só 24 horas, tudo volta a rotina anterior. Tudo
regride ao velho massacre. Duvidamos que algum senador ou deputado se recorde
do seu bonito discurso feito no dia anterior.
Tanto é verdade que há 16 anos
esse procedimento é repetido, sem que nada de positivo seja realmente
efetivado. Quando tivemos um percentual de reajuste de 108,29% em 16 anos, um
outro grupo de aposentados, dois terços, pertencentes ao mesmo regime, tiveram
um índice superior de correção, de 184,67% (salário mínimo), com uma diferença
a maior de 76,38%, embora sempre tivessem descontos para o INSS muito
inferiores aos nossos. Onde então está a lógica disto? Me respondam as cabeças
pensantes dessas equipem econômicas do governo. E chamam a isso de melhor
distribuição de renda.
Enfim, o dia do Aposentado não
passa de uma miragem para enganar o trabalhador, podendo vossas excelências,
mandatários deste país, apagarem tudo o que aqui foi escrito, se realmente
tiverem coragem, sensibilidade e um pouquinho de sentido de justiça. É só
colocarem em votação os Pls 01/07, 3299/08 e 4434/08, liberando-os do
aprisionamento que já perdura, perversamente, por cinco anos consecutivos.
Comecem pelo Pl 01/07 que tem protocolado na Mesa Diretora da Câmara, uma
petição, "Percentual Único de Correção das Aposentadorias, com 5.581
assinaturas, solicitando a sua urgente votação. Fica aqui lançado o desafio...
Título e Texto: Almir Papalardo, 25-05-2013
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